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O livro Poemas para o garoto de tênis mais branco do mundo, Fabi Virgílio, Editora 42, pode ser definido em duas palavras: leveza e sensualidade. É um livro fininho, de capa dura, em papel pólen (amarelo e espesso).
Logo que iniciamos a leitura dos poemas, notamos que são elaborados de um “eu” para um “tu”, que se encaixa perfeitamente com o título. Trata-se, portanto, do “eu” lírico que se refere ao íntimo, à descrição dos sentimentos.
É interessante pontuar que percebemos o desenrolar de uma “história” de amor. Que começa sem “ele” perceber a existência do “eu”; depois vemos uma relação; em seguida um distanciamento; finaliza com um reencontro de muita sensualidade (minha interpretação).
“…Ele nem olha pra ela.
Ela almeja deitar nos braços dele.”
“Meu coração anda tão doído
….
Quando sente um gesto de cavalheirismo,
Se confunde inteiro, esse arteiro.”
“Deito-me com teu gosto na cama,
Com sorriso largo…
Incandescida ainda com teus beijos fartos,
…
sua boca enrosca na minha,
tuas pernas me entrelaçando…
É um livro lindo, cheio de sentimentos, que conjuga lirismo e sensualidade. Se o leitor não tem o hábito de ler poesia, que tal iniciar pelos poemas de Fabi Virgílio. E não precisa se preocupar, achando que não vai conseguir mergulhar no sentindo dos poemas, pois o vocabulário utilizado é simples, assim como a sintaxe.