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Hoje vamos falar um pouco sobre arte em papel. As modalidades empregadas são: origami, kirigami e origami arquitetônico.
Ficou incrível esse Kraken. Referência ao livro “Vinte Mil Léguas Submarinas” ou ao “Pirata do caribe”. Ou ao dois, né?!
Origami
No Brasil chamamos de dobradura. No Japão é conhecida tradicionalmente por origami, arte de confeccionar figuras por meio de dobras. Essa arte fascina pelo simples fato de transformar uma folha de papel em algo completamente novo e diferente.
O nome origami surgiu pela fusão do verbo oru (dobrar) e a palavra kami (papel), mas antigamente chamava-se origata (forma dobrada).
Kirigami
Já a arte kirigami é um pouco diferente da origami. Para formar os desenhos, corta-se o papel, resultando em uma folha plana com partes vazadas.
O nome kirigami vem da fusão da palavra kiru (cortar) e kami (papel). A origem é atribuída à China. Há três denominações ou modalidades:
• Senshi – é utilizada apenas a tesoura, e a forma final deriva do corte de uma alegoria ou figura dobrada sequencialmente.
• Sanshi – o papel é recortado manualmente e é usada especialmente por crianças como passatempo, como as conhecidas sanfonas de bonecos de papel.
• Kokushi – as formas das figuras são mais complexas e definidas, pois são utilizadas lâminas afiadas de estiletes, formando imagens positivas e negativas.
• Sanshi – o papel é recortado manualmente e é usada especialmente por crianças como passatempo, como as conhecidas sanfonas de bonecos de papel.
• Kokushi – as formas das figuras são mais complexas e definidas, pois são utilizadas lâminas afiadas de estiletes, formando imagens positivas e negativas.
Origami arquitetônico
No origami arquitetônico ocorre a fusão das dobras do origami com o corte sistemático do kirigami, ocorrendo a transformação de imagens bidimensionais em tridimensionais, obtendo-se figuras que parecem “saltar do papel”, dando a sensação visual de “edificação”.
Outras denominações para o origami arquitetônico são: origamic architecture, pop-up architecture, 3D cards ou kirigami tridimensional. Essa arte tem origem no período Edo japonês (1603-1868) com as lanternas de papel (okoshi-e), que eram feitas para iluminar as casas de chá. As lanternas junina, tão populares no nordeste, vem da ir (viva a diversidade cultural).
O termo origami arquitetônico, quer dizer “arquitetura do papel dobrado”. Essa técnica foi criada pelo arquiteto e designer japonês Masahiro Chatani em 1981.
A inspiração veio dos trabalhos japoneses que utilizavam modelos de papel para ilustrar projetos arquitetônicos. Também é inspirado decoração tradicional de casas de chá com figuras pop-up e livros tridimensionais infantis.
Nos livros infantis a arte é chamada de pop-up book, ou livros em três dimensões. Há uma grande variedade de aplicações de algumas modalidades do origami arquitetônico.
Vocês têm livros infantis que empregam a técnica pop-up books. Eu conheço os livros João e o pé de feijão (Yehezkel, R. T., 2000), Criaturas da natureza na escuridão (Taylor, 1993) e A energia (Vita-Finzi, 1992).
As imagens usadas na postagem utilizam a técnica origami arquitetônica. Elas foram feitas por Justin Rowe. São belíssimas, né?!
Para conhecer mais sobre o trabalho de Rowe, acessem o site: http://daysfalllikeleaves.com/
Fonte
MENEZES, M.S., PASCHOARELLI, L.C., orgs. Design e planejamento: aspectos tecnológicos [online]. São Paulo: Editora UNESP; São Paulo: Cultura Acadêmica, 2009. p.277, SciELO Books. Disponível em:<http://books.scielo.org>.