Resenha de Bichomemulher
Quem me conhece sabe que não aprecio todos os gêneros e estilos de escrita, mas afirmo que leio de tudo antes de criticar. E procuro estudar um pouco mais sobre o que já conheço.
Hoje trago para vocês a resenha de um livro de poesia. E não é um livro qualquer, pois toda poesia é única, mas quando encontramos aquela autora que consegue nos tocar de uma forma que nenhum outro consegue, aí então nos apaixonamos ainda mais por essa que é uma das mais belas expressões artísticas: a poesia.
Somos todos ímpar
Somos todos imper
Feitos.
[08h15min – 12.01.2015]
Em resumo, o livro que trago hoje é BichoMeMulher, escrito pela poetisa Magali Polida, que há tempos conquistou o meu coração. Tive a oportunidade, alguns anos atrás, de ler e resenhar o primeiro livro dela, A Menina do Panapaná, uma obra que está entre as minhas favoritas.
Sobre BichoMeMulher: no início, somos apresentados ao motivo por trás desse título. Com base em sua própria vivência, a autora nos confronta com um tema poderoso e, por vezes, dilacerante: homens e mulheres vistos por seu lado mais instintivo e animalesco, ao ponto de, em certos momentos, não conseguirmos distinguir o lado humano do animal.
Para entender mais sobre essa experiência vivida por Magali, só lendo o livro! (Vou deixar vocês na curiosidade). A dedicatória é bela, talvez a melhor que já li desde que comecei minha jornada no mundo literário (não quero soar bajulador, mas é verdade). É com essa energia que a autora nos presenteia com dez dicas de como devemos ler e interpretar cada poema, promovendo uma conexão profunda entre autor, livro e leitor. E, para fechar, a sinopse oferece uma breve explicação, um resumo verdadeiro da obra.
Cada poema tem uma data e hora específicas, momentos exatos em que a autora os escreveu. Esse cuidado me deixou impressionado. A cada vez que observava essas marcações, me pegava refletindo sobre os momentos — difíceis, impossíveis, fáceis e até os mais insanos — que ela escolhia para dar vida a suas palavras.
BichoMeMulher é a junção de todos os sentimentos humanos. Mostra como somos movidos por nossos instintos em determinadas situações. Às vezes, esses momentos chocam os que estão ao nosso redor. Mas a grande pergunta que fica é: isso é culpa nossa? Em parte, sim, pois somos conscientes de nossas escolhas e ações. Por outro lado, não, já que há circunstâncias ou pessoas que nos tiram do sério e nos fazem agir de maneira quase animal.
O egoísta
É um pessimista
Não vai além do seu umbigo.
[20h20min-06.01.2016]
Quantos de nós não somos egoístas? (Começando por mim.) Muitas vezes, não temos coragem de olhar nos olhos do outro e tentar compreendê-lo. Esse é um exemplo das muitas situações pelas quais eu, você e tantos outros passamos. Magali tem uma escrita firme e realista, mas, ao mesmo tempo, é capaz de transmitir sentimentos que nos tocam profundamente. Isso é maravilhoso. É incrível quando nos sentimos conectados com uma obra.
Os Artistas
Os Artistas
Quando choram
Choram lágrimas
De aquarela
Os Artistas
Quando choram
Choram rimas
Cor aquarela.
[21h30min-11.02.2015]
Esse é um dos meus poemas prediletos, e não sinto a necessidade de descrevê-lo ou explicá-lo. As palavras falam por si só. Sempre que o releio, uma única palavra me vem à mente: música! São vários poemas, cada um com seu subtema e ideia central.
O que dizer sobre a capa e a diagramação? Sem dúvida, estão impecáveis e muito bonitas. Tenho certeza de que Magali teve um cuidado especial com a escrita e a revisão, e só posso agradecê-la pela oportunidade de conhecer mais uma de suas obras. Esta é uma leitura voltada para homens e mulheres adultos, que tenham a consciência de que todos temos um lado selvagem.
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Magali Polida
Gênero:
Editora: Divas
Número de Páginas: 94
Edição: 2015
Avaliação: ★★★★★♥
Sinopse:O bicho é um movimento brusco, e esse movimento pode tender para águas tranquilas ou para o fogo, que se apagou, mas deixou as brasas, que ferem do mesmo jeito. O bicho é violento, é irracional. Conflita-se com o amor, que é sereno. Esse movimento, eu busco. O amor não é luto, não é luta, é vencedor. Somos nós, homens e mulheres, os bichomemulheres que precisamos lutar para acreditar que ele existe e que podemos vivê-lo em sua plenitude.