Vivian contra o Apocalipse, de Katie Coyle, é uma história tensa narrada pela protagonista Vivian. O livro inicia com um prólogo intrigante, extraído de uma obra de Beaton Frick, que revela o fanatismo doentio por uma nova bíblia da Igreja Americana.
A narrativa explora a ascensão da Igreja Americana e dos “Crentes”, que se convertem em massa a uma previsão de arrebatamento feita por Frick — uma crença de que apenas os escolhidos serão levados ao céu. Na véspera do arrebatamento, Vivian está em uma festa com sua amiga Harp e conhece Peter, que se tornam peças centrais na trama.
“Não acredito em ódio. Não acredito em amor. Não acredito em Deus. Não acredito em nada que seja tarde demais.”
Após a festa, Vivian enfrenta um dos piores dias de sua vida: seus pais, crentes fanáticos, desaparecem, deixando apenas buracos no teto. O mundo de Vivian desmorona, e ela se vê sozinha, assim como Harp, que também perdeu os pais.
Vivian contra o Apocalipse: fanatismo e a manipulação

Amei essa ilustração que achei no Google, Vivian com sua marreta e Harp super estilosa, ao fundo Peter com jeito ‘na sua’. Fonte da imagem Aqui
A história se torna um verdadeiro caos, com muitos Crentes não arrebatados se revoltando contra os Não Crentes, levando a atos de violência. Vivian, Harp e Peter se unem em uma busca por respostas, viajando em direção à Califórnia. A jornada deles é marcada por pressões emocionais, paixões e doses de humor.
Vivian evolui de uma jovem confusa para uma heroína que descobre sua identidade e crenças. A interação entre os personagens é leve e engraçada, especialmente através da ironia de Harp, que traz um alívio cômico a um tema frequentemente sério.
“Não importa de onde viemos, para onde vamos ou quando isso vai acontecer. A única coisa que importa é o que a gente precisa fazer enquanto estamos aqui, e se a gente faz isso bem.”
Vivian contra o Apocalipse é um YA é surpreendente e cativante, com uma narrativa ágil e personagens com os quais é fácil se identificar. Embora o tema apocalíptico seja recorrente, Coyle evita os clichês, oferecendo uma abordagem fresca e envolvente.
Coyle utiliza a narrativa para mostrar as consequências do fanatismo, não apenas nas vidas dos crentes, mas também na sociedade em geral. Os personagens enfrentam dilemas sobre fé, identidade e moralidade, o que adiciona profundidade à discussão.
Além disso, a presença do humor e da ironia, especialmente através da personagem Harp, permite que a autora trate de questões sérias de forma acessível, evitando um tom excessivamente sombrio. Isso ajuda a manter o leitor envolvido, ao mesmo tempo em que provoca reflexões sobre a religião e suas implicações.
Vivian contra o Apocalipse termina com um gostinho de continuação, e a sequência, “Vivian contra a América”, já está a caminho, prometendo novas aventuras para Vivian e Harp. Mal posso esperar para ler!
Boa leitura e até mais!
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