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Resenha || No meio do caminho tinha um amor

por Amanda Melo

No meio do caminho tinha um amor, livro recebido em parceria com a Editora Sextante, foi escrito por Matheus Rocha, dono do blog Neologismo. Ele me impressionou, causando um misto de frio na barriga, tristeza e boas lembranças de como é bom amar.

Esse livro, sem dúvida, foi um dos mais lindos que já li, de autoria nacional. Não só pela simplicidade, mas também pela mistura de cores, imagens e até mesmo figuras de linguagem em alguns momentos.

“Não adianta tentarmos coisas novas porque ainda somos os mesmos.”

A primeira vez que ouvi falar do autor e do blog foi ao receber o índice de lançamentos da editora. Sempre costumo pesquisar as indicações; não confio apenas na sinopse. Não posso deixar de citar que a capa do livro me chamou a atenção de imediato, não só pelos detalhes na letra, mas pelo jogo de cores, que cria uma semântica satisfatória para o livro como um todo! Quando recebi o livro e folheei cada página, fiquei ainda mais apaixonada pela diagramação, que mescla texto e ilustrações de Phellipe Wanderley, o qual recebe agradecimentos do autor.

Antes de iniciar a leitura, não pude deixar de passar os olhos pelo título “Não leia este livro.” Fiquei tão curiosa, pois geralmente pulo essas partes de agradecimentos e recomendações, mas Matheus me fez mudar de ideia; é necessário apreciar cada página do livro. Na nota de abertura, ele revela o poder que a palavra tem no mundo e seu efeito sobre nós. É deixado claro que a temática trabalhada por ele é o amor! Ele confessa ser um ser errante, mas cheio de paixão e com um bom coração.

Meu estímulo de leitura foi aguçado com essa nota, pois o livro, de fato, é um instrumento que deve ser escutado, estudado e, quem sabe, riscado (eu não tive coragem de riscar — risos). O autor nos pede que compartilhemos nossas experiências de maneira que essas nos façam refletir sobre cada decepção, alegria e vitória que vivemos. Confesso que fiquei um pouco intimidada ao perceber que tudo ali escrito são suas experiências mais íntimas, entregues por meio de palavras a cada leitor que entra em contato profundo com o livro.

“Guie-se pela coragem e aventure-se pela vida.”

Segui a leitura animada e aberta a novas experiências, ativando meus cinco sentidos para este livro, que é dividido em três partes, iniciadas de uma forma inusitada: fim, meio e começo. Na primeira parte, sentimos uma certa dor e tristeza. Recordei momentos difíceis que passei não apenas em relacionamentos, mas também com amigos e familiares. Torna-se difícil escolher um trecho marcante, já que é recheado de frases únicas, das quais cada palavra é essencial para o sentido total.

“Algumas pessoas inventam desculpas esfarrapadas quando não sabem dizer que o amor acabou.”

No meio do caminho tinha um amor: amor e relacionamentos

Na segunda parte, as coisas começam a melhorar. A personagem se vê em um dilema entre o “eu e o outro.” Foi impossível não trazer minhas teorias psicológicas! Entrei em um êxtase hipnótico ao tentar entender e viver as mesmas sensações da personagem, que busca sair de um problema. O dilema de ultrapassar tudo sozinha me deixou melancólica, mas há um sentido por trás que não posso revelar.

A terceira e última parte de No meio do caminho tinha um amor me proporcionou as melhores risadas. É incrível a evolução da personagem, que vai do fundo do poço até momentos de pura felicidade. Nesse capítulo, surgem sentimentos de incerteza e dúvida, que abrem espaço para iniciar uma nova relação amorosa. Compreendi que não se trata apenas de uma relação amorosa com outra pessoa, mas consigo mesma. É óbvio o quanto não nos conectamos com nós mesmos, e por vezes isso afeta nossas relações com os outros. Sim, não somos felizes sozinhos, mas para fazer alguém feliz, precisamos nos amar primeiro, a tal ponto que o amor transborde e se torne necessário dividir com o outro.

No meio do caminho tinha um amor: autoconhecimento

É indiscutível o dom que Matheus Rocha tem para escrever. Fica claro o cuidado que ele tem com cada palavra, visando tocar o leitor. Não posso deixar de citar a sinceridade de sua escrita, pois cada capítulo está relacionado com sua própria história.

Cumpriu-se a sentença! O autor mexeu com as minhas entranhas da mesma forma que me tocou com sua escrita simples e rápida, mas com um toque de curiosidade. Meu desejo não é que esta leitura toque um público específico, mas que as palavras lidas neste livro se transformem em pensamentos para cada leitor.

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