O Primeiro Dia do Resto da Nossa Vida, Kate Eberlen, Editora Arqueiro, é simplesmente encantador. Este romance nos faz refletir sobre como a vida é complicada, cheia de caminhos tortuosos, e que nem sempre pegamos a estrada certa. No entanto, vale a pena arriscar, seja por nós mesmos ou pelas pessoas que amamos.
Gus e Tess são jovens de 18 anos com um futuro promissor pela frente. Ambos foram aceitos na universidade e sentem um misto de medo e empolgação pela nova vida que os aguarda. O encontro inicial na Itália, durante as férias, dá início a um jogo de aproximações e distanciamentos que o destino orquestra, sem permitir que se conheçam de fato. Gus lida com a perda do irmão mais velho em um acidente, sentindo-se culpado por isso. Sua relação com os pais, especialmente com o pai, que insiste que ele siga uma carreira na medicina, é tensa.
Tess é uma garota sonhadora, inteligente e apaixonada por livros. Aceita no curso de Letras, ela anseia por começar a universidade, mas um imprevisto a força a permanecer em sua cidade natal para cuidar da irmã, Hope.
“É só que, às vezes, quando estou olhando para o céu limpo da noite, o universo parece tão vasto e aleatório que é estranho pensar em como nossos pequenos momentos na Terra podem conter tanto significado.”
À medida que os anos passam, Gus e Tess enfrentam dificuldades e mudanças. Gus atravessa transformações significativas, enquanto Tess se dedica integralmente à irmã, muitas vezes esquecendo de si mesma. A incerteza paira: os caminhos de Gus e Tess se unirão ou permanecem eternamente separados?
O primeiro dia do resto da nossa vida: relacionamentos complexos
A narrativa se desenrola ao longo de 16 anos, de 1997 a 2013, sob a perspectiva de ambos os protagonistas, em uma estrutura bem elaborada. É encantador conhecer personagens tão complexos e distintos, acompanhando suas evoluções e as escolhas que fazem. Gus e Tess são bem construídos, cada um com seus erros e acertos, e frequentemente se cruzam como estranhos, sem trocarem palavras; ainda assim, há uma conexão profunda entre eles.
“Será que esse negócio de alma gêmea não estava relacionado ao fato de que a emoção que chamamos de amor, que eu ainda não tinha vivenciado, era tão poderosa que fazia você acreditar que aquela era a única pessoa no mundo para você?”
Apesar de a trama girar em torno de desencontros, a leitura nunca se torna arrastada. Fiquei totalmente imersa nos dramas do livro e terminei a leitura em poucas horas. Kate Eberlen tem uma escrita envolvente que me lembrou o estilo de David Nicholls. O Primeiro Dia é reminiscentes do aclamado Um Dia, e quem, como eu, é apaixonado pela história de Emma e Dexter, não deve deixar de conferir este romance.
A edição de O primeiro dia do resto da nossa vida é primorosa, e a capa é um verdadeiro encanto. Não encontrei erros de revisão, e a tradução está excelente. Com 432 páginas, a leitura é tão cativante que pode ser concluída em um único dia. Super recomendado!
E aí, o que vocês acham: Tess e Gus ficam juntos ou não?
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