Terminei Flores para Algernon despedaçada. Essa leitura me tocou profundamente e é impossível não refletir sobre os valores éticos e morais que regem nossas vidas e a sociedade. O livro desperta uma compaixão genuína pelos personagens.
Li o e-book, mas pretendo comprar a versão física para a biblioteca que estou montando para meus filhos. Quero que eles cultivem valores éticos superiores, como compaixão e empatia. Acredito que essa obra terá um papel importante na formação deles—Ben e Miguel do futuro, essa é uma leitura obrigatória.
Em Flores para Algernon, Charlie, o personagem principal, narra sua história por meio de “relatórios de progresso”. Ele é um homem com QI baixo, classificado como retardado mental. Conhecendo sua condição, ele tem uma vontade imensa de se tornar inteligente. O protagonista se submete a um experimento científico para aumentar sua inteligência, e é a partir desse experimento que surgem os relatórios que Charlie escreve para que os cientistas estudem sua mente e seu progresso.
Você deve estar se perguntando o que torna essa história tão significativa.
Quando Charlie era considerado retardado, ele não percebia a maldade das pessoas. Sofria bullying desde a infância e, por não conseguir discernir, acreditava que aqueles que o ridicularizavam eram seus amigos. Sua própria família foi negligente com ele—não quero nem entrar nessa questão. É impossível não sentir um misto de raiva e desejo de proteção por ele.
Flores para Algernon: condição humana, ética e as complexidades das relações sociais
Flores para Algernon me conquistou para sempre. O livro apresenta muitos pontos interessantes. Acompanhar a transformação de Charlie, de uma pessoa com limitações a alguém superdotado, é magnífico. O autor faz isso de forma gradual e sutil, como se uma nova vida estivesse começando. O leitor observa desde as pequenas mudanças na escrita de Charlie até suas reflexões éticas e filosóficas.
Em vários momentos, Charlie se questiona sobre o comportamento das pessoas que se dizem éticas e virtuosas. Elas não riem de quem tem deficiências físicas, mas não se importam em zombar de pessoas com deficiência mental.
“Que estranho é o fato de pessoas de sensibilidade e sentimentos honestos, que não tirariam vantagem de um homem que nasceu sem braços ou pernas ou olhos, não verem problema em maltratar um homem com pouca inteligência.” — Daniel Keyes
Flores para Algernon é uma história linda, envolvente, mas profundamente triste, pois fala da nossa humanidade—ou melhor, da nossa desumanidade. É um livro essencial para várias áreas do conhecimento: filosofia, direito, medicina, psicologia e todas as licenciaturas. É uma leitura necessária para quem aprecia ficção científica, e, sobretudo, para quem deseja se tornar um ser humano melhor. Com certeza, entrou para a minha lista dos melhores livros que já li.
Ah, eu nem mencionei Algernon. Só posso dizer: todas as flores mais lindas do mundo para ele.
Informações:
Flores para Algernon venceu o prêmio Nebula e inspirou o filme Os Dois Mundos de Charlie, ganhador do Oscar de Melhor Ator, além de um musical na Broadway e diversas homenagens e referências em várias mídias.

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