No post de hoje eu vim falar de um livro que tem uma personagem cheia de marra, a gata Kitty, narradora da história. A sinopse desse livro fala muito de tudo que o leitor vai encontra na história. Então vou tentar ir direto às minhas impressões. O que é difícil para mim, pois adoro escrever textos enormes.
Em Kitty, temos a história da personagem que dar nome ao livro. Ela é uma gata que não quer se deixar domesticar. Ela vive nas ruas há 400 anos, adora salmão e odeia sardinha.
Uma noite Kitty é encontrada pelo ruivo Eduardo. A partir da dai vemos Kitty tentando lutar contra seus sentimentos para não se deixar cativar por Eduardo. Ao longo da narrativa vamos encontrando pistas do motivo de Kitty não querer contato humano. Ela é mais que uma gata. Isso fica claro na sinopse. Dentro de Kitty existe também a Catarina. Mas será que Eduardo será capaz de amar das duas?
O livro é uma delicia de se ler, mesmo a autora explorando mais os pensamentos da personagem principal. Os diálogos são poucos. E eu confesso que me cansa um pouco ficar muito tempo só com a voz um personagem.
Mas como Kitty é extremamente sarcástica, inteligente, uma personagem que nos cativa, não se torna cansativa a leitura. Kitty mesmo tendo sofrido muito, optou por ser leve, sem rancor. Ela só é arrisca porque sabe que pode machucar os humanos.
Kitty tem ótimas tiradas como, por exemplo, o uso das expressões:”Por todos os felinos; “Implorei aos felinos celestes“; “Por todos os tigres, sabe-se lá o que a coitada já havia testemunhado…”;
Outro personagem que é um amor é o Eduardo. Ele é um ser iluminado. Sofre muito nas mãos da namorada (ex), mesmo assim não é amargo.
Os personagens secundários de Kitty também são muito interessantes. Arthur, amigo-irmão de Eduardo – todos nós merecemos um amigo assim – inteligente, leal e que sabe cozinhar. Outros personagens cativantes são os gatos: Marvin Padilha e Una, que me fez recordar de uma gata branca que tinha na casa dos meus pais.
Em Kitty, só sentir falta de a autora explorar mais a questão da maldição. Eu amo contos de fadas em que há maldições que precisam ser quebras e o livro faz referência a isso em vários momentos, quando fala do príncipe sapo.
A mística em torno dos gatos me chama a atenção porque remete a questões culturais e religiosas. Ressaltando: gatos, bruxas e maldição tudo dentro da ficção. Não vamos sair por aí maltratando os gatilhos nas sextas 13, por favor.
Como na minha casa (dos meus pais) sempre teve gatos, então meu amor por gatos vem desde sempre. Então foi fácil me apaixonar por Kitty, a gata. Como eu disse, Kitty é um livro leve. Então se você gosta de leituras sem compromisso com grandes reflexões esse livro é indicado para você.