Em A Hospedeira, o planeta terra está cercado pelo ódio, guerras e tirania entre os humanos. Uma raça alienígena invade o planeta terra com a missão de promover a paz e selar de vez as guerras que estão prejudicando até mesmo os outros planetas. Peregrina, ou Peg, é uma alma que viveu em muitos mundos, e conhece o sentimento do ódio, isso foi o que destruiu o seu planeta.
As almas que vieram para a terra se hospedam no corpo dos seres humanos e assim iniciam a sua missão, acabar com a maldade humana. Este povo, que agora domina a terra, vive em paz e asseguram que nenhum humano quebre o equilíbrio. Quando Peg é colocada no corpo de uma humana chamada Melanie, ela revive tanto as suas lembranças quanto a do seu corpo hospedeiro.
Ela é colocada em um corpo adulto por ser forte e ter grande experiência de vida em outros planetas. Infelizmente, o pior acontece para os extraterrestres. Melanie ainda sobrevive dentro de sua mente, mesmo Peg possuindo o controle total do seu corpo. Duas almas habitam um mesmo corpo e brigam entre si pelo controle da mente. Mel é uma das poucas sobreviventes, e é considerada forte. Seu irmão Jamie e seu namorado Jared estão em um esconderijo onde resta poucos seres humanos.
Peregrina tenta descobrir todas as informações possíveis sobre o paradeiro de Jamie e Jared, mas a Melanie tenta ocultar com todas as suas forças. Em um determinado momento, o lugar onde eles estão escondidos é revelado em sonho para Peg. Ela aproveita a situação para passar as informações para a sua “Chefa”, mas percebe a preocupação da Melanie em proteger seus familiares.
A ficha de Peg cai, e ela tenta proteger Mel e seus amigos. As duas fogem para o local onde os outros estão. Será que a Peregrina descobre a sua verdadeira missão? A Melanie consegue ter o seu corpo de volta? Prestes a serem descobertas, resta pouco tempo para que o pior não aconteça.
Em alguns capítulos tive uma dificuldade em compreender bem a leitura. Logo no início pensei em desistir devido à complexidade da narração e as descrições exaustivas. O meio do enredo melhora e traz o fôlego perdido nas páginas iniciais. As personagens são complexas e encantadoras, e cada uma luta por uma causa justa.
A hospedeira é um livro de ficção extraordinário, a forma com que a história é contada pela autora nos deixa duvidosos quanto a sua veracidade dos fatos. O foco narrativo está nas duas personagens principais, Melanie e Peregrina. Ambas são de mundos diferentes, mas passam a lutar pela mesma causa. A luta para saber quem vai assumir o controle do corpo é perceptível, e esse ponto libera os momentos mais difíceis da estória.
A capa do livro não é das mais qualificadas para a obra, poderia sim melhorar. A diagramação é satisfatória, com páginas amareladas, sem muitos desenhos e com uma fonte adequada ao tamanho do livro.
Recomendo a leitura de A hospedeira para os apreciadores de ficção e literatura fantástica. Em apenas uma tarde é possível finalizar a leitura pela ansiedade em saber o final preparado para Mel e Peg.
Editora: Intrínseca