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Resenha || Ghost Rider a estrada da cura

por Mayara Nascimento

Ghost Rider a estrada da cura, escrito por Neil Peart, ex-baterista da banda Rush, é um livro baseado em fatos e carregado de emoções. Nele, deparamos com um tema pouco debatido e frequentemente temido: a morte.

Em um dia comum, Neil e sua esposa, Jackie, receberam a devastadora notícia de que sua única filha, Selena, havia sofrido um acidente de carro e perdido a vida. O mundo do casal desabou, e restou pouco espaço para qualquer outra emoção além da tristeza. Embora Neil tentasse ajudar Jackie a se reerguer, ele também enfrentava um profundo sofrimento.

Infelizmente, todo o apoio oferecido a Jackie não foi suficiente. Pouco antes de completar um ano da morte da filha, ela foi diagnosticada com câncer em estágio terminal e também faleceu.

“Como alguém sobrevive a uma coisa dessas? E quando sobrevive, em que tipo de pessoa se transforma?”

Ghost Rider a estrada da cura: documentação da jornada

Sozinho e absolutamente devastado, Neil sentia um vazio que ninguém poderia preencher. Decidido a enfrentar sua dor, ele decidiu sair em uma viagem de moto pelo mundo, buscando escapar das lembranças tristes.

A cada novo lugar que visitava, Neil encontrava algo novo que o fazia acreditar que nem tudo estava acabado. No entanto, as memórias e a dor estavam sempre presentes, lembrando-o de que ainda havia muito a superar.

Intitulando-se Ghost Rider – o Viajante Fantasma – ele recebeu o carinho e apoio de amigos durante essa nova jornada. Mesmo afastado da banda, mantinha contato com os ex-integrantes por meio de cartas, nas quais compartilhava suas aventuras, belezas descobertas e também suas dores.

“E se o tempo é supostamente o melhor remédio, o melhor que eu tinha a fazer era ‘deixá-lo passar’ da maneira menos dolorosa possível…”

Além das cartas, Neil escrevia um diário, uma recomendação de sua terapeuta para que ele pudesse externar seus sentimentos. Esse exercício se mostrou tão eficaz que contribuiu para a criação deste livro.

Uma lição que aprendi com Neil ao longo das 500 páginas é que, embora a dor possa se intensificar, isso não significa que devemos desistir. Ainda há muito a viver e sentir.

Ghost Rider a estrada da cura

Minhas impressões sobre a leitura

Nunca fui de ler livros de não-ficção, mas, ao ler Ghost Rider a estrada da cura, percebi a importância de conhecer a história das pessoas e entender o que elas enfrentam. A experiência de Neil me revigorou e fez acreditar que, após o caos, pode haver tranquilidade. Ao registrar suas viagens e reflexões, Neil criou um testemunho de sua jornada de superação. Isso pode ser como um lembrete de que, apesar da dor, ainda há momentos de beleza e esperança.

Como mencionei, a morte é um assunto pouco debatido; muitas vezes, evitamos enfrentá-lo e nunca estamos realmente preparados. No entanto, ler obras como esta nos leva a refletir, se não sobre a morte, ao menos sobre como cuidar de quem amamos e que torna nossas vidas significativas.

De modo geral, a leitura foi incrível. Não é uma obra rápida ou fácil; a maioria dos capítulos narra as viagens de Neil, repletas de descrições de paisagens e referências a motocicletas — algo esperado em um livro escrito por um amante de motos.

A edição da Belas-Letras mais uma vez não decepcionou. Embora simples, manteve uma harmonia perfeita. O início e o fim de cada capítulo trazem trechos de canções compostas por Neil para a Rush, o que foi sensacional!

“Eu tento, e pelo menos eu ainda tenho a curiosidade que me mantém seguindo adiante. Talvez até mesmo esperança. Que parece ter ido embora, juntamente com o idealismo e com a fé. Ilusões nunca mais. Simplesmente é

 

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3 comentários

mary dezembro 16, 2017 - 11:11 am

Oii.
Não é o tipo de leitura que costumo fazer com frequência, mas parece ser um livro bem emocionante.
Gostei bastante da sua resenha e da forma como expôs a sua opinião sobre a obra.

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NIZETE RIBEIRO dezembro 17, 2017 - 4:36 pm

Olá!
Não sou do tipo que ler biografias, mas pelo que vi, a narrativa está em forma de história e isso muito me agrada. Que barra ele passou heim.? Acho que faria o mesmo se perdesse meus entes queridos, sumiria do mapa. Uma historia triste de superação e aprendizagem. Amei!
Parabéns pela resenha.
Nizete
Cia do Leitior

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Catharina Mattavelli Costa dezembro 26, 2017 - 6:25 pm

Oie
tenho o livro mas acabei deixando parado na estante e até agora não o li, porém, parece ser uma leitura bem interessante, bom saber que vale a pena e requer paciência, assim vejo um momento bom para ler

beijos
http://www.prismaliterario.com.br/

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