Resenha || A 5 onda | Rick Yancey

Há um bom tempo eu queria ler A 5 Onda, Rick Yancey, desde o lançamento do filme. Não sei vocês, mas sempre que um filme é adaptado de um livro, fico curiosa para conhecer a obra original. O tempo passou e outras leituras foram entrando na fila, mas finalmente consegui conferir essa narrativa que mescla invasão alienígena, jovens rebeldes tentando salvar o que resta da humanidade e, claro, um toque de romance.

Não tem como ler A 5 Onda sem o relacionar a obras como Invasores de Corpos (e Invasores, 2007), Independence Day, Sinais, A Guerra dos Mundos, E.T. e Contatos Imediatos de Terceiro Grau.

Em A 5 Onda, Cassie Sullivan acredita ser a última humana viva, tendo sobrevivido a quatro Ondas. Mas o que são essas Ondas? Na 1ª Onda, o mundo ficou sem energia elétrica. Na 2ª Onda, tsunamis e desastres naturais devastaram a população. Muitas vidas já haviam sido perdidas, e a civilização como a conhecíamos não existia mais. A 3ª Onda trouxe um vírus mortal que dizimou ainda mais a população. Quando a 4ª Onda começou, os Outros despertaram. Sim, eles já estavam aqui, esperando o momento certo para agir. Mas o que querem os Outros? Como será a 5ª Onda? Ainda há humanos para resistir?

Cassie, de 16 anos, precisa sobreviver porque prometeu ao irmão, Sam, de 5 anos, que ficariam juntos. O pequeno Sam foi levado por um grupo do exército para uma base militar, que se diz protetora das crianças que sobreviveram às quatro primeiras Ondas. Mas algo está muito errado com esse exército.

Cassie está sozinha e precisa encontrar seu irmão. Ela não pode confiar em ninguém, pois no mundo em que vive não é possível distinguir humanos de não-humanos.

A 5 onda: sobrevivência, amor e sacrifício

A proposta do livro é ótima, e as referências às obras citadas enriquecem a experiência. Gostei especialmente da forma como a narrativa se desenvolve. A 5 Onda é o primeiro livro de uma trilogia escrita por Rick Yancey, e aqui temos uma adolescente chamada à ação, enfrentando desafios para salvar seu irmão.

Antes da invasão, Cassie era o típico estereótipo da adolescente americana, preocupada com garotos, beijos e aparência. Mas essa realidade muda repentinamente, e Cassie começa a amadurecer à força. É interessante acompanhar essa transformação. Contudo, no meio do caminho, aparece um cara para “salvar” Cassie, e ela acaba dependendo dele por um bom tempo. Além disso, há dois interesses amorosos, o que desvia um pouco o foco dela. Eu preferiria vê-la como a protagonista central, sem a necessidade de um salvador.

Falando em ação, as cenas são bem escritas e proporcionam uma boa visualização dos acontecimentos. O estilo fluido de Rick Yancey e a narrativa em primeira pessoa, alternando entre personagens, ajudam a criar uma conexão com eles.

Cassie evolui, deixando de ser a menina chata para se tornar uma personagem com sentimentos nobres, especialmente em relação ao irmão. O personagem Ben Parrish também passa por um notável amadurecimento.

Embora o livro seja longo, a leitura flui rapidamente. Ainda não comecei a ler o próximo volume, Mar Infinito, mas quero iniciar quanto antes, para descobrir como um grupo de adolescentes tentará salvar a humanidade.

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