Star Wars estrelas perdidas, Claudia Gray, Editora Seguinte. Para início de conversa, preciso dizer que não sou especialista em Star Wars, mas tenho um grande fascínio pelo universo da saga. Tenho um interesse especial em estudos de narrativas transmídias, sendo Star Wars uma das sagas que despertou essa curiosidade.
Bom, mas vamos à resenha.
Star Wars estrelas perdidas é voltado para novos fãs da saga Star Wars. Isso significa que se trata de um livro para jovens adultos (Young Adult), com uma estrutura e linguagem mais simples, características dessa categoria.
No livro, acompanhamos os personagens principais, Thane Kyrrel e Ciena Ree. Eles são melhores amigos, mas enfrentam um problema: pertencem a classes sociais diferentes. Ambos são de Jelucan, um planeta colonizado por duas ondas de colonizadores que não se relacionam.
Ciena Ree pertence ao povo da primeira onda, vivendo no vale, onde as condições são precárias. São pessoas com um grande senso de lealdade e valores passados de geração para geração. Já Thane é filho de aristocratas da segunda onda. Como pertencem a classes diferentes, é claro que os pais de ambos não veem com bons olhos a amizade deles.
Os dois amigos se conheceram aos 8 anos e, desde então, compartilham o mesmo sonho: servir ao Império. Em Estrelas Perdidas, temos a visão de pessoas comuns sobre os acontecimentos que envolvem a Trilogia Clássica, servindo ao lado Negro da Força. Além disso, o livro nos apresenta a batalha de Jakku, um evento importante no contexto de O Despertar da Força.
Star Wars estrelas perdidas: ambições e sonhos
Como já mencionei, o livro apresenta uma estrutura simples, com uma linha do tempo em ordem cronológica. Acompanhamos os dois amigos durante os primeiros cinco anos de sua amizade, dos 8 aos 13 anos, enquanto aprendem a voar juntos com a intenção de serem selecionados para a Academia Imperial. Depois, vemos os dois na Academia de Coruscant, nos primeiros anos de treinamento. Em seguida, acompanhamos Thane e Ciena já como oficiais do Império, enfrentando batalhas eletrizantes.
Star Wars estrelas perdidas: questões de lealdade
Na academia, Thane começa a perceber que servir ao Império não é exatamente como ele imaginava. Sempre foi cético e não acreditava nas boas intenções nem da Aliança Rebelde, nem do todo-poderoso Império. O que ele realmente desejava era pilotar um TIE Fighter. No entanto, ao testemunhar as atrocidades cometidas pelo Império, Thane percebe que precisa lutar por uma causa nobre e se junta aos Rebeldes. Por outro lado, Ciena foi criada para ser leal, mesmo que sirva a quem não merece essa lealdade, e se recusa a quebrar o juramento que fez ao Império.
O que mais me fascinou em Star Wars estrelas perdidas é a maneira como o livro oferece uma nova perspectiva sobre os eventos da trilogia clássica. Através dos olhos de pessoas comuns, tanto do lado dos Rebeldes quanto dos soldados imperiais, vivenciamos os bastidores desses grandes momentos da saga. Não é incrível pensar que Ciena e Thane estiveram presentes em acontecimentos tão marcantes, como a destruição da Estrela da Morte? Foi nesse dia, por exemplo, que Ciena perdeu sua melhor amiga, assim como vários de seus colegas da academia imperial.
Um dos pontos mais marcantes da narrativa de Star Wars estrelas perdidas é como as informações que chegam aos soldados são fragmentadas e manipuladas. Eles sabem pouco sobre o que realmente está acontecendo e apenas seguem ordens — muitas vezes sem questionar, mesmo quando essas ordens não fazem sentido. O livro também aborda temas profundos como a corrupção, a sede de poder e a ganância, mostrando as consequências dessas forças no universo Star Wars.
Embora o universo Star Wars seja um prato cheio para os fãs de ficção científica, o que mais me chama a atenção é a diversidade e a liberdade que ele oferece. Esses aspectos são, para mim, o coração dessa história.
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