A vida no céu de José Eduardo Agualusa, é um romance juvenil fascinante e poético que nos apresenta uma visão singular do futuro da humanidade. Após um cataclismo que devastou a Terra, um pequeno grupo de humanos ascendeu aos céus, criando cidades flutuantes em balões e dirigíveis. Através da jornada de Carlos Benjamim Tucano, um jovem de dezesseis anos em busca de seu pai desaparecido, Agualusa explora temas de nostalgia, desigualdade e esperança.
Em A vida no céu, o foco narrativo de é centrado em Carlos, que se torna a voz e a perspectiva através das quais vivenciamos a vida nas nuvens. Sua busca por seu pai não é apenas uma jornada física, mas também uma exploração do que significa viver em um mundo que, embora tecnologicamente avançado, ainda carrega os fardos da desigualdade e discriminação.
A vida no céu: cidades flutuantes e desigualdade
As cidades flutuantes são um reflexo das desigualdades sociais que persistem, mesmo em um novo mundo. Enquanto os ricos desfrutam de dirigíveis luxuosos, os pobres sobrevivem em balões precários. A ironia é palpável: mesmo em um céu idealizado, as velhas estruturas de opressão se mantêm, mostrando que a tecnologia não é uma panaceia para os problemas humanos.
A vida no céu: a nostalgia do chão
A nostalgia por um mundo perdido permeia a narrativa. Aqueles que viveram na Terra sonham com a liberdade de correr sem barreiras, enquanto os nativos do céu não compreendem essa saudade. Essa dualidade gera uma reflexão sobre como as memórias moldam nossas identidades e como a busca por um lar é universal.
Tecnologia e Sustentabilidade
Agualusa também levanta questões sobre a tecnologia e suas implicações para a sobrevivência humana. Apesar das inovações que possibilitaram a vida no céu, a narrativa sugere que a verdadeira transformação depende da capacidade do ser humano de se adaptar e respeitar a natureza. O autor critica a falta de responsabilidade em relação ao meio ambiente, refletindo sobre as consequências do aquecimento global.
A vida no céu é uma obra rica em simbolismo e crítica social. Com um toque de esperança, Agualusa nos convida a sonhar com um futuro melhor, mas também nos alerta sobre os desafios que persistem. É um romance não só para os jovens, mas para todos os sonhadores que anseiam por um mundo mais justo e harmonioso. A inclusão da música “Índio” de Caetano Veloso reforça a conexão com as raízes e o desejo de um convívio respeitoso com a natureza.
Terra: para a maioria dos filhos do céu, a terra é uma fantasia dos velhos.”
Essa frase encapsula a essência do romance, convidando-nos a refletir sobre nossas próprias fantasias e realidades.
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2 comentários
eu adorei o resumo que ele fez parabéns você e muito bom e tem bastante talento
Obrigada!