Os imortais de Meluha, primeiro volume da trilogia Shiva, escrito por Amish Tripathi e publicado pela Editora nVersos, apresenta uma narrativa fascinante sobre a vida de Shiva, um homem que viveu há cerca de 4.000 anos e cujas aventuras o tornaram uma figura quase divina.
Após um ataque de tribos inimigas, Shiva recebe um convite para imigrar para Meluha, um império próspero regido por leis justas. Ele percebe que essa pode ser uma oportunidade para seu povo viver em paz e com dignidade. Durante a jornada, eles enfrentam um período de quarentena e são medicados com somras, uma substância que cura antigas cicatrizes, mas também transforma Shiva, que passa a ser reverenciado como um lorde.
A escolha da terceira pessoa para a narração é acertada, pois proporciona uma visão mais ampla dos eventos e personagens. Desde o início, somos apresentados a cenas dinâmicas que capturam a luta de Shiva e sua tribo contra inimigos nas montanhas do Tibete. A estrutura baseada em cenas imprime um ritmo envolvente à leitura.
Os imortais de Meluha: a jornada de Shiva
Ao chegar na capital de Meluha, Shiva descobre que é visto como um guerreiro messias, o “neelkanth”, destinado a combater o mal. Embora inicialmente cético, ele se sente compelido a proteger aqueles que o acolheram. A sociedade meluhana é retratada como quase utópica, com boas leis e um povo honesto.
No entanto, Shiva se depara com aspectos perturbadores, como a lei do carma, que considera uma mulher impura se ela der à luz um bebê morto. Isso se torna um dilema pessoal quando ele se apaixona por uma vikarma, uma mulher marcada por um passado trágico. Outro conflito central é a percepção do mal: os meluhanos veem o império vizinho, os chandravanshis, como a encarnação do mal, levando Shiva a questionar a verdadeira natureza do bem e do mal.
Os imortais de Meluha: ciclo de reencarnação
A narrativa culmina em uma guerra entre os meluhanos e os chandravanshis, impulsionada por informações distorcidas sobre ataques terroristas realizados pelos Nagas. Após uma batalha devastadora, Shiva começa a duvidar de suas ações, levantando questões sobre moralidade e verdade.
A história é rica em mitologia indiana, proporcionando uma viagem cultural e histórica à Índia antiga. O autor habilmente entrelaça elementos de mitologia com eventos históricos, criando um universo fascinante. Na mitologia indiana a crença na reencarnação e no karma é central, influenciando a moralidade e as ações dos indivíduos ao longo de suas vidas.
Uma crítica a ser feita é a falta de aprofundamento sobre os Nagas, que, embora apareçam em algumas cenas, não têm suas motivações devidamente exploradas. Espero que os próximos volumes da trilogia ofereçam mais clareza sobre esses personagens.
Recomendo Os imortais de Meluha a quem aprecia narrativas de grandes batalhas e mitologias. A leitura é envolvente, com descrições vívidas e uma trama que cativa, prometendo uma jornada emocionante ao longo da trilogia.
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3 comentários
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[…] Os Imortais de Meluha [clique no link para ler a resenha], primeiro volume da trilogia “SHIVA”, narra a história de Shiva, um homem que viveu cerca de 4.000 anos atrás, cujas aventuras eram tão grandiosas que as pessoas começaram a vê-lo como um Deus. Graças a essa vontade, pude ler uma história maravilhosa que mistura fatos históricos com mitologia. Ao ler esse livro, viajei para longe. Conheci deuses de uma mitologia distinta da grega, romana e nórdica, e me aproximei da cultura, geografia e história da Índia. Além disso, o livro destaca os avanços científicos dos indianos. […]