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2001 Uma odisseia no espaço | Arthur C. Clarke

por Nilda de Souza

2001 Uma Odisseia no Espaço é um clássico da ficção científica que protelei a leitura por anos, achando que encontraria uma linguagem truncada, cheia de termos científicos complicados. Não poderia estar mais enganada. O livro tem uma narrativa fluída, com uma linguagem simples, mas muito interessante. Foi um dos livros que li mais rapidamente este ano. Uma leitura agradável e inspiradora. Alguns acham a leitura arrastada em alguns pontos, mas eu não senti isso.

Sempre gostei de ficção científica, especialmente de imaginar o que existe lá fora. Será que existem seres com tecnologias superavançadas? Outros mundos? Muitas possibilidades. Tudo isso sempre povoou meu imaginário. Ler sobre isso me deixa empolgada, e este ano coloquei como meta ler mais clássicos do gênero.

Faz muito tempo que vi o filme 2001 Uma Odisseia no Espaço. Lembro que um dos pontos que mais me chamou a atenção foi a fotografia. As primeiras imagens são de encher os olhos; os tons são belíssimos. Achei o filme lento em algumas partes, até um pouco chato. Aproveito este momento para rever a obra; acredito que agora terei uma visão diferente do todo.

O que o monólito simboliza na narrativa?

A Evolução e Transcendência

A narrativa se inicia há três milhões de anos, numa tribo de hominídeos que leva uma vida rotineira, buscando comida e disputando a pouca água com outra tribo. Um dia, algo estranho, um monólito, aparece no caminho da tribo. De alguma forma, o monólito dá o impulso necessário para que esses hominídeos evoluam até se tornarem a nossa espécie. Com tecnologias tão avançadas, a humanidade chega ao ponto de colonizar o espaço.

“Ao contrário dos animais, que só conheciam o presente, o Homem havia adquirido um passado; e começava a tatear na direção de um futuro.”

2001 Uma Odisseia no Espaço: mudança de paradigma

A narrativa avança para o ano de 1999, acompanhando o auge da corrida espacial. A humanidade possui tudo o que precisa, em termos de tecnologia, para montar estações no espaço. No entanto, um monólito encontrado enterrado na cratera lunar escapa a qualquer tecnologia desenvolvida para inspecioná-lo. Um especialista, Dr. Heywood Floyd, é chamado para tentar desvendar o que é esse objeto, um retângulo preto, sem qualquer abertura. Após três milhões de anos enterrado na cratera lunar, ele tem seu primeiro contato com a luz do sol, e esse evento faz com que o estranho objeto emita um sinal, uma trilha a ser seguida até Saturno.

Na terceira parte do livro, estamos em 2001. A nave Discovery ruma a Saturno, seguindo a trilha do sinal deixado pelo monólito. A equipe é composta por David Bowman, Frank Poole, além de três membros que seguem viagem congelados em hibernáculos. Ainda havia um sexto membro: o computador HAL 9000, “o cérebro e o sistema nervoso da nave.”

O Desconhecido e o Infinito: Um Monólito Senhor das Ações

Essa terceira parte do livro, assim como a primeira, é muito interessante. O leitor fica na expectativa de uma explicação para o tal monólito. Além disso, temos a inteligência HAL 9000, que provoca a ação dessa terceira parte da narrativa. Há um certo suspense, como se a inteligência artificial estivesse, de alguma forma, protegendo a humanidade, mesmo que para isso precisasse sacrificar vidas.

Em suma, gostei muito de 2001 Uma Odisseia no Espaço. O que mais me agradou é não haver seres verdes nem monstros; aqui há um objeto, sem explicação, que, de certa forma, comanda as ações. “2001: Uma Odisseia no Espaço” é uma história sobre evolução.

Finalmente, uma das perguntas mais antigas do homem havia sido respondida. Ali estava a prova, além de toda sombra de dúvida, de que a sua inteligência não era a única criada pelo universo. Mas, com esse conhecimento, vinha novamente uma consciência dolorosa da imensidão do Tempo. O que quer que tivesse passado por aqui havia se desencontrado da humanidade por uma questão de cem mil gerações.

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10 comentários

Bianca Ribeiro agosto 13, 2019 - 9:59 am

Menina, nunca li esse livro! O motivo eu realmente não sei, acho que eu também esperava uma coisa mais dificil ou o fato de que eu não me considero “leitora” o bastante pra entender esse tipo de livro ainda, não sei.
Adorei sua resenha, me deu uma empolgada pra tentar ler, quem sabe agora vai!

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Mari Barros agosto 13, 2019 - 9:04 pm

Olá!

Pelo visto, foi uma leitura muito boa, né?
Adorei ver a obra sob suas perspectivas, pois eu mesma não a conhecia.
Adorei sua resenha!

Beijos,
Blog Diversamente

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Vivi agosto 14, 2019 - 9:34 am

Oi Nilda, que legal tua leitura, eu também faz pelo menos uns 18 anos que assisti ao filme na escola. Vou incluir ele na minha meta de leitura do ano que vem, que pretendo ler clássicos ou livros mais antigos. Ótima dica.
Bjos
Vivi
http://duaslivreiras.blogspot.com/

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Clayci Oliveira agosto 14, 2019 - 5:15 pm

Oi Nilda tudo bem? Eu amo esse clássico e quero reler ainda esse ano *_*
Adorei demais a rua resenha

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Gustavo Marques agosto 14, 2019 - 9:16 pm

Não conhecia o livro, mas ele parece ser ótimo pelas suas opiniões. To me sentindo um pouco peixe fora d’água, pois todos parecem conhecer, menos eu hahaha.
Adorei sua resenha e me fez querer ler e conhecer a história!!!

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Fernanda Santos Barroso agosto 14, 2019 - 10:36 pm

Olá! Tudo bem?
Apesar de estar entrando em leituras novas, Gêneros novos, eu ainda não consigo me sentir atraída por livros “no espaço”. Apesar de ter adorado a sua resenha, ela me deixou curiosa sobre alguns fatores! Que bom que te animou a leitura e pode aproveitar!

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Marijleite agosto 15, 2019 - 5:34 pm

Oi, sou curiosa para ler esse livro, bom saber que a linguagem não é truncada. Gosto muito de histórias que envolvam viagens ao espaço e essa me pareceu bem interessante pelo seu post.

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Carol Nery agosto 15, 2019 - 9:30 pm

Eu tenho muita vontade de ler mais sci-fi do que tenho lido! E esse é um dos clássicos que povoa minha TBR da VIDA.
Que legal essas informações que você passou a respeito de não ser uma leitura complicada, e cheia de termos que às vezes, nos deixam desconfortáveis.
Já estou ansiosa por me jogar nessa leitura!!! Adorei a resenha.

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Ana agosto 16, 2019 - 10:18 am

Nunca vi o filme, nem fiz a leitura. E realmente, a maioria fala que determinada parte da narrativa é mais lenta. Eu não sou muito boa com leituras de ficção científica, a maioria acho a leitura muito lenta, talvez seja por isso que nunca li 2001 kkkk mas sua resenha me deixou mais inspirada a tentar

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Dayhara Ribeiro Martins agosto 21, 2019 - 10:46 pm

A gente realmente construiu a ideia no nosso imaginário de que os seres de outro mundo são verdinhos e olhudos ne? Hahaha eu adoro esse livro, acho essa edição maravilhosa e adorei conferir as suas impressões a respeito.

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