Resenha de Se eu ficar | Gayle Forman

Você já deve ter assistido ao filme Se Eu Ficar. Se ainda não viu, corre para conferir! Dizem que ele faz chorar mais do que A Culpa É das Estrelas. Se isso é bom ou ruim, fica a seu critério. Se você aprecia romances doces, separações bruscas e uma boa dose de sofrimento, este filme é para você.

Como ainda não vi o filme, vou fala do livro Se eu ficar, da Editora Novo Conceito, que inspirou a adaptação cinematográfica. Minhas impressões sobre o filme ficam para depois.

A premissa do livro não é nenhuma novidade: uma jovem linda, com uma vida feliz, uma família maravilhosa (pai, mãe e irmão) e um namorado perfeito. Tudo parece ideal, até que um evento inesperado muda tudo.

Em Se eu ficar, a jovem se chama Mia é uma talentosa musicista. É por meio dos olhos dela que acompanhamos os eventos que se desenrolam.

Mia leva uma vida feliz até que, em um dia de provável nevasca em Oregon, sua família decide ignorar as orientações e sair de carro. Um acidente trágico ocorre, e Mia presencia seu corpo sendo retirado dos destroços, mas não sente nada. Ela assiste ao esforço dos médicos para salvá-la enquanto seus avós, tias, primos e amigos aguardam na sala de espera. Nesse momento, ela precisa compreender o que aconteceu antes e depois do acidente. A última lembrança que ela tem é da música que tocava antes da tragédia. E então surge a pergunta: e se eu ficar?

O que gostei no livro: a relação de Mia com sua família; o amor que ela sente pelos pais e pelo irmão; e o carinho dos avós por ela. O livro parece explorar mais o amor familiar do que o romântico entre Mia e seu namorado. Na verdade, não senti muita empatia por Adam; se ele não estivesse no livro, eu nem sentiria falta.

Se eu ficar: perda e luto

A emoção na relação de Mia com os avós é palpável, especialmente ao observar como cada um deles sofre enquanto esperam pela recuperação dela. A amizade entre Mia e sua melhor amiga, Kim, também é bem fofa.

O livro é voltado para leitores que não exigem mais complexidade na escrita, pois a linguagem é simples e direta. Não há um trabalho profundo com a sintaxe ou metáforas.

O único recurso que Gayle Forman utiliza é a alternância entre os momentos pós-acidente (Mia no hospital) e as lembranças da vida dos personagens, tudo narrado por Mia.

As questões sobre morte, vida e religião são sutis. Elas aparecem quando a avó de Mia menciona acreditar em anjos e durante o relato do velório de um amigo dos pais. Para a avó, as pessoas retornam da morte na forma de animais ou seres para cuidar dos que ficaram (uma mescla de reencarnação e catolicismo). Se Eu Ficar emociona porque apresenta uma jovem que precisa decidir se permanece viva ou segue para a morte.

Agora, quero conferir a continuação, Para onde ela foi, narrada pela voz de Adam.