Apenas um dia, de Gayle Forman, publicado pela Editora Novo Conceito. Em breve teremos a continuação, Apenas um ano, que será adaptação para o cinema. A escrita de Gayle Forman flui de maneira incrível! Mesmo que a gente não se apaixone pela história, é inegável que ela cativa o leitor. Já conhecia o estilo de Gayle, pois já resenhei Se eu ficar e Para onde ela foi (leia as resenhas). Por isso, sabia o quanto ela é competente com a linguagem.
Apenas um dia é centrado na vida de Allyson Healey, sendo pela sua voz que conhecemos todos os acontecimentos. Allyson era uma boa aluna, tinha certeza de qual faculdade iria cursar e sua vida era previsível. Ela conta que sua vida era totalmente planejada, principalmente pela mãe controladora.
Allyson é uma garota americana que evita se arriscar. Todos os anos, viajava para os mesmos lugares com a família e mantinha uma amizade com Melanie, mesmo sem terem mais nada em comum. Contudo, durante uma viagem pela Europa, ela conhece o holandês Willen, e sua vida nunca mais será a mesma.
Após apenas um dia em Paris com Willen, cheio de aventuras e romance, Allyson descobre que existe uma versão dela mesma que pode se arriscar e viver novas experiências. Sua aventura em Paris representa um ponto de virada crucial, em que ela descobre uma nova faceta de si mesma. A viagem não é apenas física, mas simbólica de sua jornada interna.
Após esse dia em Paris, as coisas não saem como o esperado e Allyson passa um ano depressivo na faculdade. A situação só não é pior graças ao seu amigo Dee, que a incentiva a retornar à Europa e reencontrar a Allyson aventureira.
Apenas um dia: referências culturais
Em Apenas um dia me apaixonou pela habilidade da Forman entrelaçar referências culturais europeias de forma rica e envolvente. Willen é um ator amador de peças shakespeareanas. As referências são tantas que é evidente o trabalho primoroso de pesquisa para que tudo esteja bem intertextualizado e polifônico. Além disso, conseguimos fazer um verdadeiro tour pela Europa, com todos os lugares bem trabalhados na narrativa.
Recomendo Apenas um dia para quem vai viajar para a Europa ou sonha em fazê-lo. O livro tem várias citações a locais turísticos e outros menos conhecidos, que valem a pena ser explorados.
Para quem aprecia romance, a história entre Allyson e Willen é envolvente. Enquanto algumas protagonistas jovens têm relacionamentos superficiais, Allyson experimenta conexões significativas que impactam sua trajetória, tornando suas interações mais ricas e multifacetadas.
O tema do autoconhecimento é central, com uma forte ênfase na liberdade pessoal e nas escolhas que moldam a vida da protagonista. Embora eu pessoalmente prefira outros aspectos que o livro oferece, como questões políticas ou sociais, o cenário cultural. A narrativa é enriquecida por referências culturais, especialmente a Shakespeare, que adicionam uma camada de profundidade e reflexão sobre suas experiências. As referências são tantas que é impossível não se encantar.

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[…] pela continuação de Apenas um dia foi uma tortura (resenha aqui). Queria muito saber o que aconteceu para Willem abandonar Allyson […]