Não sei se o leitor já percebeu que o blog tem uma forte ligação com o gênero terror. Pois é, o macabro, o grotesco, o terror me fascinam. Por aqui já foram resenhados o livro Sexta-feira 13: artigos de Crystal Lake; a série Penny Dreadful. Tem também um artigo que fala do gênero Pulp Era – também chamada de Pulp Fiction.
A resenha de hoje é de mais um livro de macabro: Katy e o Caçador de Zumbis. A narrativa é ambientada no Brasil, passando por São Paulo, a capital e pela cidade litorânea de São Sebastião e pelo Estado de Minas Gerais.
A narrativa inicia com a cantora Katy voltando de mais uma apresentação da turnê na Am´rica do Sul. Na manhã seguinte, ela e seu empresário ficam sabendo de um alerta mundial sobre uma pandemia que assola o mundo. Para piorar a situação, eles descobrem que não podem voltar ao país de origem, Estados Unidos, pois as fronteira estão fechadas.
Em poucas horas as coisas pioram e Katy fica em uma situação ainda mais desesperadora. O hotel foi invadido pelos mortos-vivos e o seu empresário foi devorado vivo. Katy está sozinha em um país estranho e sem falar o português.
O governo brasileiro demorou a agir, por isso a praga desconhecida se espalhou muito rápido. Todas as barricadas que foram levantadas, na tentativa de impedir os avanços das bizarras criaturas, caíram e as tropas estão dispersas, fugindo sem rumo.
O governo brasileiro ainda tentou encontrar a cura, ao contatar médicos da ANVISA, mas vou em vão. A equipe médica também foi atacada.
Heitor é um soldado das forças especiais, que estava em uma das últimas barricas que caiu, na Avenida Paulista. Ele, por puro acaso do destino, se refugia no hotel onde se encontra Katy. Heitor reconhece que Katy assim que vê aquela garota com uma blusa que diz: “Ei, você gosta de cupcakes?”.
A partir desse ponto da narrativa, Katy e Heitor passam por vários perigos para salvar suas vidas. Eles precisam encontra um refúgio seguro. Mas será que ainda há esse lugar? Por toda parte há legiões de zumbis.
Num mundo apocalipse, os zumbis não são as únicas ameaças que existem, há também pessoas que se aproveitam dessa situação para aterrorizar os sobreviventes. Katy e Heitor irão se deparar com um grupo assim.
Leitor já percebeu, pelo resumo, que o tema de Katy e o Caçador de Zumbis é o apocalipse zumbi. G. J. Stark produzir uma obra que tem todas as características que nós já conhecemos sobre zumbi. Nesse sentido, não há nada de novo.
Em Katy e o Caçador de Zumbis, tem o grupo de sobrevivente, alguns vão morrendo ao longo da fuga; tem o grupo de mal intencionados, que causam mais terror; os mortos-vivos, que bastam uma mordida para infectar os humanos; tem o governo que caia antes de consegui descobrir a causa da praga; não há lugar seguro.
Um dos pontos de destaque da obra fica por conta da narrativa ágil, sem enrolação nas ações. Como é livro é narrado em terceira pessoa, podemos saber o que está ocorrendo nos dois núcleos de personagens: Katy e Heitor e o da médica da ANVISA, Juliana.
Um aspecto que pode gerar controvérsia é o da personagem Katy. O leitor deve ter percebido de quem se trata. Pelo título, eu não havia ligados os pontos, mas pela sinopse e já na primeira página temos a revelação. Eu, sinceramente, gostaria que a personagem fosse uma Katy qualquer e não a cantora famosa.
O livro passou por um ótimo trabalho de diagramação. Tem ainda as ilustrações, que são simples, mas que conversam muito bem com o tema horror. É um livro para os fãs de The Walking Dead.