“Às vezes, quando a vida fica difícil e as pessoas te deixam com raiva, ou mesmo quando você está com medo, a melhor resposta é rir. Rir na cara do medo, na cara do que te assusta mais. É o único jeito de você superar as coisas que te fazem chorar.”
Nem mesmo a correria do dia a dia era capaz de separar aqueles três, exceto naquela noite, naquele dia… Jake e Kacey estavam muito próximos, pois Jake queria o melhor para Kacey. Não seria qualquer cara que poderia tomá-la e magoá-la. Ele tentou de tudo, mas não conseguiu. Por um breve momento, eles se entregaram um ao outro, uma ilusão que durou apenas uma noite. Bastou o dia amanhecer para Jake dar o fora, sem explicar nada para Kacey. Isso a deixou muito irritada. O ódio tomou conta e fez com que essa amizade deixasse de existir.
Aposta: amizade e traição
Anos depois, o mulherengo, canalha e bilionário Jake está em uma grande furada. Ele não tem mais a quem recorrer. Sem saída, busca informações sobre Kacey e a encontra. Os dois se reencontram e conversam. Jake abre o jogo e pede um favor a sua ex-melhor amiga. Ela ainda está magoada, e seu dinheiro não apagaria o que ele fez. Todos os anos sem notícias e sem nenhum pedido de desculpas?! Será que Kacey irá aceitar o que Jake lhe propusera? Ainda existia sentimento entre eles?
O esfriamento dessa amizade que perdurou por anos não diminuiu o sentimento que ele tinha por ela. Nesse exato momento, comecei a mudar minha opinião a respeito da história, que virou minha cabeça em segundos e me surpreendeu. O livro é fofo e contagiante, e não precisou apelar por cenas eróticas para prender o leitor. Pelo contrário, a escrita da autora é leve e despretensiosa, fazendo com que nos apaixonemos pelos personagens que outrora apenas odiávamos.
Personagens como Jake, canalhas e mulherengos, nos fazem refletir sobre os homens cafajestes que existem por aí, mas que são essenciais para aproximar pessoas que menos imaginamos. Travis é o terror para Kacey; ela sempre foi o alvo dele, e quando soube que teria que reencontrá-lo, quase desejou desistir.
Um triângulo cheio de amor e ódio que nos leva a dar boas risadas e também arranca lágrimas dos nossos olhos. Além do romance, Rachel também insere um drama familiar, onde os dois irmãos, tanto tempo separados, agora têm a chance de reconciliação. Com boas risadas, podemos notar que a avó desses caras, com mais de oitenta anos, ainda não quer morrer sem que eles se entendam. E, com tudo isso, Kacey também tem a chance de se reencontrar e superar seu maior medo.
“A vida toda. Quantas pessoas poderiam dizer isso de fato? Que, pela vida toda, nunca tiveram dúvidas de quem era a única pessoa com quem queriam passar a eternidade? Ela. Sempre foi ela. E ele ia lhe mostrar o quanto a amava.”
Sobre a diagramação de Aposta, a Suma caprichou nas folhas amareladas, com uma revisão impecável e uma fonte adorável para ler em qualquer hora do dia. Sobre a capa e o título, confesso que me senti enganada, mas que no final valeu a pena. O romance, ora clichê e previsível, passou a ser contagiante, leve e despretensioso. Aposta foi uma leitura agradável e ideal para ser feita em uma tarde ou em uma manhã no campo. A recomendação vai para aqueles que gostam de um romance clichê, sem ter a noção do que a autora reservou para o final, que é digno de um “felizes para sempre.”
“Desejar que alguém seja diferente só porque você não concorda com a pessoa que esse alguém se tornou?”
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Título: Aposta