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Resenha || Eu vejo Kate | Cláudia Lemes

por Amanda Melo

Em Eu vejo Kate: o despertar de um serial killer, Claúdia lemeas, Nathan Bardel é um serial killer que escolhia a dedo suas vítimas, buscando impressionar aqueles que o conheciam. Todas eram mulheres atraentes, que, de alguma forma, se sentiam atraídas por Bardel, conforme os depoimentos.

Kate Dwyer é a protagonista e, ao mesmo tempo, a escritora da vez. Sempre excelente em narrativas românticas, ela se vê incapaz de criar um “final feliz”, especialmente porque sua vida pessoal está em crise. Recentemente traída por Dale, seu namorado, que a trocou por uma garota mais nova, Kate se entrega a ele sempre que ele aparece à sua porta.

Tentando escapar de sua vida pessoal, há tempos Kate estuda a história de Bardel e como ele induzia suas vítimas ao matadouro. Fascinada por esse absurdo, decide escrever uma biografia sobre o serial killer mais famoso de Blessfield. Sua obsessão a levou a montar uma parede com recortes de jornais sobre todas as mulheres assassinadas por Nathan.

Convencida de que, ao estudar o caso a fundo, poderá não apenas escrever uma biografia, mas entender o que fez de Nathan um homem tão frio e perverso, Kate busca familiares e interessados para discutir o caso.

Ryan Owen, um agente especial do FBI e um dos melhores profilers do país, acompanha todos os detalhes do caso Bardel, incluindo sua morte. Afastado por razões pessoais, ele teme discutir sua vida familiar com as pessoas. A obsessão de Kate faz com que seus caminhos se cruzem, pois ela busca respostas para perguntas que a atormentam.

Em Eu vejo Kate, Kate e Owen desenvolvem uma relação amorosa, ligados pelo caso. Enquanto ele tenta ajudar Dwyer, percebe que ela está indo longe demais. A editora sugere que ela cancele o projeto e aceite uma proposta mais segura, mas Kate já está comprometida demais para desistir.

As complicações aumentam quando Kate recebe uma caixa misteriosa com a foto de uma mulher assassinada e um aviso para não continuar escrevendo sobre Bardel. Em desespero, liga para Owen, que acaba passando a noite em seu apartamento, mas em quartos separados. Ao amanhecer, eles são surpreendidos pelo assassinato da vizinha de Kate, aumentando a desconfiança entre eles.

“Eu temo as pessoas que se ajustam. Você sabe? O mundo é louco. Somos sete bilhões de pessoas construídas na mesma biologia, as mesmas necessidades básicas, feitos para ser uma comunidade, e ainda assim fazemos os outros passarem fome, estupramos, assassinamos e torturamos crianças por prazer. As pessoas que se ajustam a isso… Eu e você não somos os desajustados.”

Eu vejo Kate: Dualidade de pontos de vista

Surpreendentemente, um terceiro ponto de vista emerge: o espírito de Nathan Bardel, que ressuscita ao saber da obsessão de Kate. A narrativa se torna intensa e interessante, alternando entre os pontos de vista de Kate, Bardel e Owen.

A alternância entre as perspectivas de Kate, Owen e Bardel adiciona camadas de complexidade. A manipulação psicológica de Kate pelo espírito de Bardel gera um suspense psicológico profundo.

Mesmo após a morte, Nathan manipula Kate com seus pensamentos, como se ela estivesse possuída por ele. Apesar de seu ódio pelas mulheres, Bardel revela admiração por Kate, acreditando que ela é a única que compreende sua história e seus motivos.

Kate, por outro lado, tem em Owen seu contraponto. Ele tenta entender seu desejo de escrever sobre esses temas, mas percebe que tudo tem um limite e que Kate ultrapassa barreiras perigosas. Ele também compartilha sua própria experiência com o caso Bardel e os traumas que resultaram na perda de sua família.

eu vejo kate

Eu Vejo Kate: revelações progressivas

Eu Vejo Kate é um dos melhores livros que já li! Claudia Lemes apresenta um enredo forte, repleto de suspense e mistério, surpreendendo a cada capítulo. Antes da história, a autora explica suas motivações para escrever sobre serial killers, seus anos de estudo e sua abordagem direta e impactante.

Eu vejo Kate tem uma narrativa é rica em detalhes e descrições, fazendo com que até os leigos em criminologia sintam a credibilidade da autora. O livro é repleto de conflitos do início ao fim. Senti pena de Bardel por sua infância trágica, mas isso não justifica suas atrocidades. Ao mesmo tempo, odiei Kate por se submeter sempre a Dale, entregando-se a ele repetidamente.

Owen, embora passivo em determinados momentos, amadurece e ajuda Kate a perceber os problemas em que se meteu. Isso pode ser tarde demais, pois um novo serial killer surge, repetindo os crimes de Bardel e deixando o espírito do assassino furioso.

Palavras não são suficientes para descrever a intensidade de ler essa obra magnífica. A capa é atrativa, e não notei erros de diagramação ou buracos na trama. O livro é definitivamente um dos meus favoritos.

Para quem gosta de obras intensas, cheias de mistérios e com uma linguagem clara e dinâmica, Eu Vejo Kate é definitivamente o livro a ser lido!

“Nós somos humanos, ficamos abalados com o que vemos e choramos em nossas camas, enquanto, ao mesmo tempo, somos viciados no sangue e terror do trabalho. Somos em parte serial killers de nós mesmos, quando se trata do que está acontecendo em nossas mentes.”

Leia a resenha de Inferno no Ártico aqui

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1 comente

Resenha de Inferno no Artico | Cláudia Lemes - Ave, livro outubro 1, 2024 - 8:18 pm

[…] gênero thriller. Virei fã, tanto que acabei de apoiar o lançamento da duologia Eu Vejo Kate. Já tem resenha no […]

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