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Resenha || Prometo falhar | Pedro Chagas Freitas

por Mayara Nascimento
Ah, o amor… Dizem que ele é capaz de salvar vidas, alimentar a alma e nos encher de esperanças. Existem vários tipos de amor e formas de amar, mas o essencial é a presença desse sentimento. Para muitos, o amor é complexo, mas para Pedro Chagas Freitas, o verdadeiro complexo é não vivê-lo.

Em Prometo Falhar, Pedro transmite a leveza dos sentimentos em cada crônica que escreveu, afirmando que: “A vida é pequena demais para perdermos tempo gastando energia em algo que não envolva amor”. Concordo plenamente: sem amor, nada faz sentido! Mas além do amor, precisamos sonhar, ter ânimo e dar significado às nossas ações diárias. E quem disse que ele esqueceu desses detalhes?

“[…] Não quero trajetos sem pedras, pessoas sem problemas, muito menos glórias sem lágrimas. Não quero o tédio de só continuar, a obrigação de suportar, andar na rotina só por andar. Não quero o vai-andando, o é a vida, o tem de ser […]”.

Prometo falhar: amor e relacionamentos

Além de tudo isso, o autor nos diz explicitamente que precisamos abrir mão de muitas coisas, principalmente da nossa mania de achar que as relações podem atingir um nível de perfeição, chegando a um estado pleno em que não há obstáculos, apenas felicidade. Porém, não é bem assim; talvez amor e perfeição estejam em lados opostos no jogo da vida. É preciso prometer falhar para garantir que a relação será real, deixando a perfeição para os sonhos (aqueles que temos enquanto dormimos).

“O amor não existe – e é por isso, só por isso, que é a coisa mais real que podemos ter na vida”.

O gênero literário crônica é um dos meus favoritos, independentemente da mensagem que o autor deseja transmitir. A leitura de um livro de crônicas é dinâmica, rápida e descomprometida; o formato curto e direto faz com que o leitor conclua a obra num piscar de olhos. Por essas e outras razões, foi difícil escolher uma crônica favorita, pois quase todas me proporcionaram emoções. Entretanto, vale destacar um trecho de uma das mais lindas e tocantes, daquelas que fazem o olho brilhar, contando a história de um garotinho que inventou o caderno dos sonhos:

“[…] – era uma vez começou assim porque lhe pareceu que era assim que começavam todos os sonhos, e foi escrevendo, frase a frase, invenção a invenção, e aos poucos foi percebendo que aquele seu caderno era mais mágico ainda do que aquilo que ele tinha inventado, afinal nem precisava de arrancar a folha para existir, ele ia escrevendo e, à medida que ia escrevendo, sentia tudo a acontecer, o príncipe que queria voar, a princesa que queria ser salva, o menino foi escrevendo e aquilo tudo foi acontecendo, ele via-o ali, à sua frente, dentro de si, mesmo dentro de si, todas as emoções; ria, sorria, até chorava […]”

O que dizer depois de tudo isso? A escrita deste autor, em Prometo Falhar, é maravilhosa! O texto precisou de algumas adaptações na edição aqui do Brasil, devido às variações entre o português daqui e o de Portugal. Algumas expressões não sofreram adaptação, mas ganharam notas de rodapé, logo, não houve dificuldade para entender cada palavra, cada frase e cada crônica. Um livro lindo, dedicado àqueles que AMAM o pai, a mãe, os irmãos, o marido, a esposa, o namorado, a namorada, a vida.

 

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Prometo Falhar

Pedro Chagas

Tradução: Fábio Fernandes

Gênero: Cônicas
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 400
Ano: 2015
Avaliação: ★★★ ★★

* Livro cedido em parceria com a editora.
Sinopse: Prometo Falhar é um livro que fala de amor. O amor dos amantes, o amor dos amigos, o amor da mãe pelo filho, do filho pela mãe, pelo pai, o amor que abala, que toca, que arrebata, que emociona, que descobre e encobre, que fere e cura, que prende e liberta. Em crônicas desconcertantes, Pedro convida o leitor a revisitar suas próprias impressões sobre os relacionamentos humanos. A linguagem fluida, livre, sem amarras, faz querer ler tudo de uma vez e depois ligar para o autor para terminar a conversa . Medo, frustração, inveja, ciúme e todos os sentimentos que nos ensinaram a sufocar são expostos sem pudores. Mergulhe de cabeça numa obra que mostra que é possível sair ileso de tudo, menos do amor. Você escolhe a ordem em que vai ler as crônicas do jovem escritor que tem 21 obras publicadas e é sucesso de vendas em Portugal.

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