Anne Calloway recebe uma carta do Taiti anos após da sua passagem por uma ilha. Um assassinato, em 1943, remete à senhora ao passado, fazendo-a trazer à tona lembranças de um amor, amizade e todo sofrimento que uma guerra pode ocasionar.
– Tudo bem, querida – concordei – Mas devo lhe prevenir: não espere um conto de fadas. Jennifer sentou-se na cadeira ao meu lado.
– Que bom – disse ela sorrindo – Nunca gostei de contos de fadas
– E há partes sombrias – continuei, questionando minha decisão. Ela balançou a cabeça.
– Mas tem um final feliz?
– Não tenho certeza. Jennifer me olhou confusa. Ergui a foto de Westry até a luz.
– A história ainda não terminou.
Aparentemente, Anne tem uma vida perfeita. Acaba de se formar na faculdade de enfermagem, não tem problemas na família, tem uma melhor amiga e um noivo rico. Tudo o que uma mulher (segundo a mãe) gostaria de ter, principalmente, em época de guerra. Mas para ela faltava algo, e quando a amiga resolve ir para o Taiti ajudar e prestar serviços de enfermagem, Anne resolve se aventurar com a amiga.
Passado todo o drama familiar com a decisão de Anne, e toda a explicação do por que ela ir para ilha ajudar os soldados. Finalmente, as enfermeiras desembarcam no belíssimo lugar. Logo no inicio, já podemos ver que Kitty (melhor amiga de Anne) irá arrumar confusão, pois a bela moça mal chega à ilha e já começa de “chamego” com o Coronel Donahue, causando desagrado na amiga, além de se envolver com outro soldado chamado Lance.
Nesse mesmo dia, em uma confraternização pela chegada das enfermeiras; Anne conhece Westry Green. E a partir desse momento é como se já soubéssemos que eles nasceram para ficarem juntos, um simples ato, digamos que ate meio heroico faz com que ela se simpatize com o belo rapaz.
Em uma caminhada pela praia e região da ilha, eles encontram uma casa abandonada. O qual eles chamam de Bangalô. Eles fazem daquele lugar, um canto de refúgio para os dois, sendo mantido em segredo e onde descobrem muitas coisas além do amor. Anne conhece duas mulheres nativas da ilha e uma delas diz que o Bangalô sofre de uma maldição, todos que entram lá estão condenados a serem infelizes no amor.
No decorrer da história, descobrimos mais sobre a família da Anne e ela percebe que os pais não são tão perfeitos como ela imaginara. O livro tem um mistério para ser resolvido, e desde o inicio já podemos desconfiar de algumas pessoas que estão envolvidas no assassinato que eu comentei. Para mim, foi bem óbvio quem era o culpado, mas aparentemente para Anne não, já que ela ficou o livro todo culpando uma pessoa inocente, o que é típico de todo romance. Isso é um ponto negativo do livro, ela não vê a verdade ali na sua frente, como se enxergasse só o que lhe convém (em várias ocasiões).
(…) Nunca estive sozinha. Veja bem, quando se compartilha o amor com alguém, mesmo que só por um tempo, ele sempre ficará em seu coração.
A linguagem abordada no livro é fácil, apesar da história se passar em 1942, eu não me senti lendo um romance de época. O Bangalô vai muito além de um romance bonitinho e cheio de paixões, talvez seja um pouco previsível, mas não é ruim. Avaliei com três estrelas, pois eu não senti a “transformação” citada na sinopse.
Sarah Jio
Título original: The Bungalow
Gênero: Romance-Drama
Editora: Novo conceito
Número de Páginas: 320
Edição: 2015
Avaliação: ★★★
Sinopse: Verão de 1942. Anne tem tudo o que uma garota de sua idade almeja: família e noivo bem-sucedidos. No entanto, ela não se sente feliz com o rumo que sua vida está tomando. Recém-formada em enfermagem e vivendo em um mundo devastado pelos horrores da Segunda Guerra Mundial, Anne, juntamente com sua melhor amiga, decide se alistar para servir seu país como enfermeira em Bora Bora. Lá ela se depara com outra realidade, uma vida simples e responsabilidades que não estava acostumada. Mas, também, conhece o verdadeiro amor nos braços de Westry, um soldado sensível e carinhoso. O esconderijo de amor de Anne e Westry é um bangalô abandonado, e eles vivem os melhores momentos de suas vidas… Até testemunharem um assassinato brutal nos arredores do bangalô que mudará o rumo desta história.