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Resenha || Toda luz que não podemos ver | Anthony Doerr

por Mayara Nascimento

Oi, gente, como estão? Espero que estejam bem! Hoje compartilho com vocês a leitura de Toda Luz Que Não Podemos Ver, de Anthony Doerr, um livro que eu esperava ansiosamente e que me deixou bem satisfeita pela sensibilidade com que aborda a Segunda Guerra Mundial pelos olhos de duas crianças que amadurecem em meio às atrocidades da guerra.

Diferente do que estamos acostumados a ver em obras sobre a Segunda Guerra Mundial, este livro não foca no Holocausto, como O Menino do Pijama Listrado e O Diário de Anne Frank, mas sim nas experiências de Marie-Laure e Werner, que vivenciam a guerra sob uma perspectiva distinta. Vale a pena conhecê-los melhor:

Marie-Laure mora com seu pai, Daniel, em Paris e perdeu a visão ainda na infância. As limitações que a cegueira lhe trouxe mudaram sua vida, mas o amor e a dedicação do pai permitiram que ela tivesse uma vida relativamente normal. Marie adora descobrir coisas novas e é apaixonada por livros, especialmente os clássicos de Júlio Verne. Para ajudá-la a se orientar, o pai constrói uma maquete do bairro onde vivem.

Toda Luz Que Não Podemos Ver: Simbolismo

“— A senhora acha, madame, que no céu nós realmente vamos conseguir ver Deus face a face?

— Pode ser que sim.

— E se você for cego?

— Acho que, se Deus quer que vejamos alguma coisa, então nós vamos efetivamente ver.”

Werner é um órfão alemão que vive com a irmã em um orfanato. Desde pequeno, ele demonstra talento em mecânica e sente prazer em montar e desmontar rádios e outros aparelhos eletrônicos. Seu talento lhe rende a oportunidade de consertar um rádio para um oficial militar alemão, o que o leva a uma escola nazista. Werner gosta de se recolher em seu sótão, imaginando as ondas de rádio como cordas de harpa quilométricas, vibrando e atravessando florestas, cidades e paredes.

Os dois adolescentes sentem o impacto da guerra: com a invasão dos alemães à França, Marie e seu pai se refugiam na casa do tio-avô dela em Saint-Malo. Werner sofre por estar longe da irmã e por ser forçado a participar de ações cruéis, que ele acredita serem necessárias para protegê-la e garantir um futuro melhor.

Toda Luz Que Não Podemos Ver: Segunda Guerra Mundial 

Quem diria que o amor poderia ser tão doloroso? A narrativa de Toda Luz Que Não Podemos Ver não se limita aos horrores da guerra. Achei fascinante a mistura de fatos históricos com um toque de fantasia, especialmente a presença de um misterioso diamante azul chamado “mar de chamas”. Este objeto pertencia ao museu onde o pai de Marie trabalhava antes da guerra, e ele o levou consigo para preservar sua valiosidade. A lenda diz que quem possui o mar de chamas terá a vida eterna, mas aqueles que amam sofrerão.

Os caminhos de Werner e Marie se cruzam ao longo da história, e posso dizer que foi impossível não chorar ao vê-los juntos!

Toda Luz Que Não Podemos Ver é muito emocionante, e as vivências dos personagens trazem lições valiosas. A simplicidade de Marie-Laure é, sem dúvida, tocante. Werner também me ensinou que, às vezes, é necessário fazer sacrifícios pelo bem daqueles que amamos.

Um detalhe que não poderia deixar de mencionar é a estrutura de Toda Luz Que Não Podemos Ver. Ele é dividido em quatorze partes, que abrangem os anos de 1934 a 2014. As partes não estão em ordem cronológica, o que exige atenção para não comprometer a compreensão da narrativa.

Até a metade do livro, eu estava um pouco desanimada; a impressão que tive foi de que a leitura se arrastava, sem aquela emoção que nos faz devorar páginas. Por isso, Toda Luz Que Não Podemos Ver recebe quatro estrelas. Contudo, confesso que o final foi surpreendente, tanto pela leveza quanto pela sensibilidade do desfecho. Recomendo a leitura para quem aprecia livros emocionantes que retratam um momento histórico tão marcante como a Segunda Guerra Mundial.

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