A Garota Italiana é um drama que apresenta uma premissa interessante, mas que, em minha opinião, não é totalmente explorada, especialmente no que diz respeito ao romance e aos personagens. A narrativa se desenrola entre 1966 e 1996, e é nesse período que acompanhamos a evolução da história.
Lucinda Riley possui uma escrita envolvente e descritiva, especialmente ao abordar a ópera. As apresentações são descritas com tanta riqueza de detalhes que o leitor se sente completamente imerso nas emoções dos personagens. No entanto, essa profundidade não se reflete no romance entre os protagonistas.
A garota italiana: enredo e personagens
Rosanna Menici, aos 11 anos, vive à sombra da irmã mais velha, Carlotta, em uma pequena cidade italiana. Em uma noite de celebração, Rosanna surpreende a todos ao cantar “Ave Maria”, capturando a atenção de Roberto Rossini, um jovem em ascensão no mundo da ópera. Ele vê em Rosanna um talento promissor que precisa ser lapidado. Encantada pelas palavras de Roberto, Rosanna escreve em seu diário que um dia se casará com ele.
Anos depois, graças ao apoio de seu irmão Luca e de seu professor de canto, Rosanna realiza seu sonho de cantar na maior companhia de ópera da Itália. Agora, ela é uma jovem bonita e talentosa, e Roberto, ao reconhecê-la, tenta conquistá-la. Contudo, Rosanna hesita, ciente da fama de Roberto com as mulheres, mesmo que seus sentimentos por ele tenham crescido ao longo dos anos.
A garota Italiana: busca pelo sonho
O relacionamento entre Rosanna e Roberto é marcado por uma obsessão que a autora parece ter intencionado. No entanto, o desenvolvimento me pareceu superficial e os personagens, muitas vezes, agiram de forma infantil e contraditória. Isso gerou em mim uma certa apatia em relação a ambos, o que afetou minha conexão com a narrativa.
Por outro lado, os personagens secundários e as tramas paralelas foram muito mais cativantes e funcionaram como um incentivo para seguir a leitura. O desfecho do livro é satisfatório, com a autora conseguindo amarrar as pontas soltas da história de forma eficaz.
A edição do livro é visualmente bonita, com uma capa atraente. Encontrei poucos erros de revisão, e nenhum deles prejudicou a leitura.
Embora minha experiência com A Garota Italiana não tenha sido das melhores, isso não significa que o livro seja ruim. Se a premissa chamou sua atenção, vale a pena conferir. Apesar das minhas críticas, não me arrependo de ter lido.
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