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Resenha || Essa luz tão brilhante | Estelle Laure

por Gaby Marques

Essa Luz Tão Brilhante, Estelle Laure, Editora Arqueiro, é um romance jovem adulto narrado em primeira pessoa que envolve o leitor desde a primeira página. Estelle Laure tem uma escrita direta, mas é possível captar a beleza nas palavras que escolhe. Sua maneira de conduzir a narrativa é muito única, e os personagens são construídos de forma admirável.

Lucille, a protagonista de 17 anos, enfrenta uma série de problemas. Sua mãe viajou para colocar as ideias em ordem após a internação do pai em um hospício, mas nunca mais voltou. Agora, Lucille precisa cuidar da irmã, Wren, de apenas 9 anos, e fazer de tudo para que ninguém descubra que estão sozinhas em casa. A última coisa que Lucille quer é perder sua irmã.

“Ninguém vai nos separar. Isso significa manter as coisas na máxima normalidade possível. Fingir. Porque as coisas não podiam estar mais longe da normalidade. O normal foi embora com o papai.”

Lucille tem que lidar com contas, cuidar da irmã e da casa, ir para a escola e trabalhar para comprar comida. Os problemas surgem todos de uma vez, mas esses não são os únicos. Para complicar, ela se vê apaixonada por Digby, o irmão gêmeo de sua melhor amiga, Eden, que já tem namorada.

A vida de Lucille está de cabeça para baixo, e ela se sente abandonada pelos pais que deveriam protegê-la. No entanto, Lucille é forte, corajosa e determinada, e está disposta a provar para todos — e para si mesma — que pode superar todos os obstáculos que surgirem. E, surpreendentemente, anjos aparecem para ajudá-la.

“Como é que num dia uma pessoa é um componente de decoração na casa (uma mesa bacana, talvez) e no outro passa a ser os canos, a fundação, a vig central sem a qual toda a estrutura desaba? Como é que uma estrela que mal se nota se transforma no sol?”

Essa Luz Tão Brilhante: abandono, responsabilidade e amadurecimento

Iniciei a leitura de Essa Luz Tão Brilhante esperando algo leve e rápido, e foi exatamente o que encontrei. Contudo, apesar da simplicidade da obra, a autora introduz temas relevantes, como o abandono. É muito gratificante acompanhar o amadurecimento da protagonista e o estreitamento da relação com sua irmã, especialmente após começarem a viver sozinhas. A busca de Lucille por sua identidade, especialmente em um contexto de adversidade, é um tema recorrente, enfatizando a importância de se conhecer e aceitar.

“_Que tipo de pessoa não volta?
Não sei. Que tipo de pessoa vai embora para começo de conversa?

A amizade entre Lucille e Eden também é muito interessante. Embora às vezes seja dura, ela é fundamental para manter Lucille com os pés no chão.

O romance entre Lucille e Digby se desenvolve gradualmente, e acompanhamos os esforços dela para entender o que se passa em seu coração e como lidar com os sentimentos que a dominam.

A leitura de Essa Luz Tão Brilhante foi encantadora que fiz em poucas horas. O final é um pouco aberto, o que me deixou chateada, mas descobri que a autora está escrevendo uma continuação, o que me deixou muito feliz, pois realmente quero reencontrar esses personagens em breve.

“Segredos não são nada bons. Acho que todo mundo tem um. Ou tem coisas que não quer revelar sobre si mesmo, por não estar pronto. Algumas coisas continuam especiais por mais tempo quando ficam guardadas com a gente, mas outras apodrecem quando a gente não pode falar.”

A edição está muito bonita, e a editora Arqueiro caprichou nos detalhes. Não encontrei erros de revisão durante a leitura.

Recomendo Essa Luz Tão Brilhante para quem gosta do gênero e de leituras leves, mas com boas reflexões. Eu adorei!

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