Vocês já pararam para refletir sobre como um livro pode mudar nosso humor em questão de minutos? Há obras que nos deixam tristes, outras que nos chocam, algumas que nos fazem refletir, e há aquelas que provocam uma verdadeira montanha-russa de emoções. Foi exatamente isso que senti ao ler Paixão sem Limites, da Abbi Glines. Esta foi minha primeira experiência com a série Rosemary Beach, e durante a leitura, me senti como uma adolescente novamente. Glines adota uma escrita direta, o que torna a leitura envolvente.
O livro narra a história de Blaire, uma jovem do Arizona, e Rush, um bad boy apaixonado por rock. Blaire viveu apenas momentos de sofrimento: perdeu a irmã que amava, foi abandonada pelo pai e passou três meses cuidando sozinha de sua mãe. A morte dela foi um golpe devastador. Sem condições de manter a casa, Blaire vendeu seu lar e, sem alternativas, busca ajuda do pai, que nunca se importou realmente com ela.
Ao chegar à nova casa em Rosemary, Blaire descobre que seu pai não está lá — ele viajou com a madrasta. Para sua surpresa, Rush, filho da madrasta, não a recebe bem. Sem saber para onde ir, ela decide ficar, ciente de que a relação com Rush será complicada. Apesar da recepção calorosa dos irmãos de Rush, Grant e Nan, Blaire enfrenta a antipatia de Nan. Rush, por sua vez, avisa que não é um homem fácil, e ela se pergunta se deve se permitir sofrer novamente por um desconhecido.
“Sentia uma atração por ele que não conseguia explicar. Quanto mais ele mantinha distância, mais eu queria me aproximar.”
Paixão sem Limites: amor, perda e solidão
Paixão sem Limites é uma leitura rápida e repleta de reviravoltas. O destino de Blaire e Rush é incerto, o que mantém o leitor intrigado. Identifiquei-me com Blaire, uma personagem forte que, mesmo em meio ao desespero, encontra forças para seguir em frente. Porém, desenvolvi uma aversão por Rush; apesar da intensidade do relacionamento, a grosseria e a indecisão dele me deixavam frustrada, a ponto de eu querer socar um travesseiro!
Embora a história envolva uma garota do Arizona e um bad boy, definitivamente não se trata de um clichê. Afinal, o que você considera um enredo clichê? O romance entre Blaire e Rush é marcado por uma intensa atração, mas também por conflitos emocionais. Eles representam diferentes mundos e bagagens emocionais, o que gera um atrito que complica seu relacionamento.
A autora sabe explorar as nuances das personagens e a narrativa de forma eficaz, equilibrando superficialidade e profundidade. Rush é o tipo de personagem que, sem dúvida, precisaria de terapia, e muitos podem pensar que Blaire também. Mas quem leu o livro sabe do que estou falando.
Um segredo profundo entre os protagonistas me fez chorar no final. A reflexão que fica é sobre a dificuldade de lidar com a perda, a solidão e a incerteza sobre a felicidade futura.
“… Eu afasto as pessoas, Blaire. É um mecanismo de proteção que eu tenho. Mas de você eu não quero me afastar.”
A diagramação de Paixão sem Limites, com folhas amareladas são detalhes que aprecio nas leituras, pois facilitam a leitura, e a editora Arqueiro sempre se destaca nesse aspecto. A capa é linda e atraente. Inicialmente, pensei que Blaire seria a vilã, mas Abbi me fez mudar de opinião. Recomendo a leitura para quem já conhece a saga e leu outras obras da autora.
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