Olá! Estou eu para trazer a primeira resenha de 2016, da minha última leitura de 2015. Todos os Nossos Ontens, Cristin Terrill, foi desejado por mim desde que o vi. Foi amor à primeira vista! Quase surtei quando soube, por Nilda, que receberia o livro. Até aí, tudo bem, animação total. Mas, após concluir a leitura, o desespero se instalou: como escrever sobre ele? Bem, eu tentei.
Um trecho de uma música define o livro inteirinho: “Aonde leva essa loucura?” Foi isso que eu me perguntei a cada página. Cristin Terrill não poupou esforços para desfazer os nós na cabeça de quem lê. Tudo começa do nada: uma menina e um menino presos em celas isoladas, em um cenário que transmite sofrimento e mágoas. De repente, um bilhete aparece em um ralo: “Você tem de matá-lo.”
A menina e o menino são Em e Finn. Através da descrição de Em sobre a vigilância do ambiente, percebemos que se trata de uma espécie de base militar. Não temos ideia da época em que tudo acontece, pois todos chamam apenas de futuro. As cenas que envolvem esses dois personagens são narradas por Em.
No livro, também encontramos as narrativas de Marina, que se passam quatro anos antes, no ‘passado’. Aparentemente, Marina é apenas uma adolescente apaixonada por um nerd – James. E esse nerd é superdotado, já na universidade aos 13 anos! Vocês devem estar pensando: sim, mas o que tem de surpreendente nisso? TUDO!
Em e Finn têm uma missão: voltar no tempo para impedir erros que acontecerão no futuro. Uma máquina do tempo foi construída por um cara que eles chamam de Doutor. “Cassandra”, como eles chamam essa arma poderosa, poderia mudar o rumo da humanidade, mas o quesito ‘poder’ em jogo faz com que o tempo seja alterado apenas para satisfazer interesses pessoais.
Todos os Nossos Ontens: destinos e escolhas
“Quando as partículas que estão rodopiando abaixo dos meus pés, pelos quilômetros de canos grandes o bastante para dar passagem a um caminhão, enfim baterem umas nas outras quase na velocidade da luz, a explosão será tão poderosa que partirá o próprio tempo.”
Para Marina e James, tudo muda quando, em um evento cheio de autoridades na cidade de Washington, o irmão de James – Nate – leva um tiro. O suspense em torno do atentado e das estranhezas que começam a acontecer é total.
A cada página, a narrativa se torna mais intrigante. Descobrimos que os personagens têm uma conexão. Futuro e passado têm algo em comum… Mas o quê? Bom, só lendo para descobrir, porque se eu me aprofundar mais vou acabar soltando uma sequência sem fim de spoilers (risos).
Às vezes, parece que nada faz sentido! Mas, depois, tudo se encaixa. Sou apaixonada por livros que falam do tempo. Nunca havia lido nada que tratasse de viagem no tempo, apenas assistido a “Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban”, e confesso que fiquei bem confusa com este livro, achando que eu estava louca. Mas, no fim das contas, adorei Todos os Nossos Ontens, embora o final não tenha ficado 100% claro.
“Viagem no tempo não é uma maravilha; é uma abominação.”
Quanto à diagramação e formatação, tudo certo. Apenas encontrei uma troca no nome dos personagens, mas isso não interferiu na minha compreensão. A capa? Maravilhosa! Vale a pena começar o ano com essa super distopia que tem muito suspense e ainda um pouquinho de romance. Boa leitura e até a próxima!
Trecho da música “Armas Químicas & Poemas”, da banda Engenheiros do Hawaii.
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Gênero: Distopia
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 350
Ano: 2015
Avaliação: ★★★★★