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Resenha || As Sobreviventes | Riley Sager

por Gaby Marques

Hoje a resenha é sobre um dos lançamentos mais divulgados da editora Gutenberg este ano, o thriller As Sobreviventes (Final Girls no original). O livro foi muito elogiado lá fora, inclusive por escritores como Stephen King e Lisa Gardner, dois autores best-sellers que entendem bem do gênero. Como boa fã de thrillers que sou, e depois de tantos comentários elogiosos sobre ele, mesmo sem saber muito sobre a trama (gosto do suspense), decidi realizar a leitura.

No livro, conhecemos Quincy Carpenter, uma das chamadas “Garotas Remanescentes” — mulheres que sobreviveram a massacres brutais. Quincy, no entanto, tenta viver uma vida normal, mesmo carregando as cicatrizes físicas e emocionais de um ataque brutal que matou todos os seus amigos em um chalé isolado na floresta, há dez anos. Sua vida aparentemente estável começa a desmoronar quando uma outra Garota Remanescente é encontrada morta, reacendendo seus traumas e lançando-a novamente em um ciclo de pesadelos e perseguição.

As Sobreviventes é contada sob o ponto de vista de Quincy, e o autor Riley Sager intercala capítulos entre o presente e o passado. Essa alternância mantém o suspense, ajudando a revelar aos poucos o que aconteceu no fatídico dia do massacre, ao mesmo tempo, em que vemos Quincy lutar para manter sua vida atual intacta. Um dos pontos altos do livro é a escrita envolvente de Sager, que prende o leitor com reviravoltas e uma tensão crescente.

As Sobreviventes: superação e trauma

No entanto, apesar da escrita envolvente, eu senti que a trama em si deixou a desejar. Quincy, como protagonista, demorou a me cativar, e sua personalidade não me conquistou logo de início. Os personagens secundários também são pouco memoráveis, o que fez com que parte da narrativa parecesse arrastada, principalmente em capítulos onde a trama não avançava de forma significativa.

O ritmo da história tem altos e baixos: momentos de tensão e revelações são seguidos por longos trechos de repetição de fatos que se tornam cansativos. Mesmo assim, continuei lendo até o fim, mas, infelizmente, o desfecho foi previsível para mim, o que acabou sendo decepcionante. 

As Sobreviventes não é um livro ruim, mas está longe de ser sensacional, ou mesmo o melhor do ano, como sugerido por King na capa. Indico a leitura para quem está começando no gênero ou busca uma leitura rápida e com um suspense leve. Apenas sugiro não criar expectativas muito altas. Cada leitor tem suas percepções, e já vi muitos que amaram a história.

 

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8 comentários

Crystal Spinelli outubro 26, 2017 - 10:27 am

Poxa, que pena que não obteve uma nota tão alta, gab!
Fico meio bleh com livros que são arrastados tb kkk Não sou muito de dramas, mas às vezes curto lê-los…
Só não entendi uma coisa.. uma garota remanescente é uma sobrevivente de massacres ou crimes, certo? Dai existem várias dessas garotas no mundo, é tipo isso?

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Thainá Christine outubro 26, 2017 - 1:50 pm

Olá!
Assim que as resenhas desse livro começaram a sair me senti bastante curiosa para lê-lo e conhecer a história, mas, agora lendo a sua resenha imagino que alguns pontos possam me irritar. Você falou sobre repetição e capítulos sem muito sentido, e eu não gosto disso em uma leitura. Repetições me deixam bastante irritada e faz com que eu me sinta burra, pois parece que o autor fica repetindo porque, supostamente, não entendemos na primeira vez. Eu até gosto de narrações em 1º pessoa, ainda mais quando narrador não é confiável, mas, é preciso que o personagem saiba narrar. Não adiantar ser o narrador e trazer apenas tédio para os leitores, né?
Ainda quero ler esse livro, mas, como você disse, não irei com tantas expectativas. Quem sabe um dia quando a lista de leituras estiver menor.

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Grazy Bernardino outubro 27, 2017 - 2:51 pm

Esse negócio de narrativa que fica relembrando o passado, tentando buscar memórias, me é desgastante. Parece interessante, mas não sei se leria por conta disso. Acho que tenho problemas com personagens desmemoriados, hihihihi. XoXo.

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Mari outubro 28, 2017 - 4:59 pm

Gostei da maneira como você apresentou essa história. Apesar de ficar um pouco curiosa para saber a conclusão dessa história após ler seu post, não é um tipo de leitura que me agrada no geral. Não costumo ler suspense, fico muito ansiosa lendo.
Beijos
Mari
Pequenos Retalhos

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Nati Rabelo outubro 28, 2017 - 11:42 pm

Oie!
Algo que eu levo pra vida, nunca ir pra uma cabana/chalé isolada no meio do nada hahah. Sempre dá problema!
Confesso que eu tava super afim de ler esse livro, mas com sua resenha vou ficar mais na defensiva e deixar pra ler bem mais pra frente.

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Erika Monteiro outubro 29, 2017 - 1:12 am

Oie, tudo bem? Pelo enredo do livro ele parece ser incrível. O meu gênero favorito é suspense então sou suspeita no julgamento. Uma pena o livro ser cansativo em alguns momentos. Bons suspenses geralmente prendem nossa atenção e são bem dinâmicos. Quando o autor repete muito os fatos ou não desenvolve a história parece que ela não flui. Mesmo assim daria uma chance pra ler com certeza. Beijos, Érika =^.^=

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Bia Lourenço outubro 29, 2017 - 3:59 am

Quanto mais velha eu fico mais medrosa vou ficando também, mas acho que dou conta dessa leitura. hahaha
Uma pena o livro não ter uma personagem que cative e ser repetitivo, isso faz toda diferença na leitura.

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César Rezende outubro 29, 2017 - 9:22 am

Elogios do meu autor favorito? Talvez fique interessante! Certamente a sinopse da história me soa bem original, então eu ficaria curioso pra ler. Gostei também da sua dica sobre expectativa, e principalmente como sua resenha revela apenas o suficiente para decidirmos se vale a pena para nós ou não a leitura. Sou muito fã de narrativas intercalando passado e presente, mas nada fã de “acontece tudo agora pra nos próximos capítulos não acontecer nada”. Aliás, tenho a impressão que até em algumas histórias do King acontece isso, embora ele saiba “recompensar” a paciência do leitor.

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