Devo iniciar esta resenha dizendo que ainda não li Perdendo-me, que é o primeiro livro da série. Mas acho que este fato não atrapalhou em nada minha interação com Fingindo, pois cada livro é centrado em personagens diferentes.
Em Perdendo-me, o foco está nos personagens Bliss e Garrick. Já Fingindo é centrado em Max e Cade (vale ressaltar que Cade é um dos personagens de Perdendo-me. Lá ele é apaixonado por sua amiga Bliss).
Max e Cade têm personalidades bem diferentes, mas que aos pouco vamos percebemos que ambos têm algo em comum: eles assumiram mascaras sociais, que estão pesadas demais para seguir adiante. Max e Cade terão que rever seus papeis. Eles acham que suas mascaras tem a ver com as outras pessoas, mas na realidade, eles são seus próprios algozes e vítimas, é claro.
Em Fingindo a trama inicia em uma manhã qualquer, quando Max (Mackenzie – ela odeia este nome) recebe uma ligação dos pais e estes avisam que estão na cidade e que irão encontrá-la para um café.
Max tem poucos minutos para se livrar do namorado roqueiro-tatuado e, ainda por cima, arranjar um rapaz exemplo de bom moço, para apresentar aos pais.
Para sorte de Max, Cade está ali, à sua frente: lindo, de suéter e cachecol, com um livro na mão e sozinho. Max propõe a Cade que finja ser seu namorado. Ele aceita, é claro (Não, não eles não se conhecem. Foi pura sorte).
Já na primeira cena, a autora carrega na tinta para desencadear uma atração fulminante. Cade apesar de ser certinho, não é nada tímido e vai logo tocando, abraçando Max. Os pais de Max ficam encantados com Cade e o convidam para passarem o Dia de Ação de Graças juntos.
Cade concorda em fingir mais um pouco, pois a outra opção, para o feriado, seria passar em companhia de Bliss e o namorado britânico Garrick. (Bliss, aquela garota por quem ele é apaixonado do outro livro Perdendo-me).
Na mesma noite, do dia da cafeteria, Max e Cade tiveram um tórrido encontro. Depois veio o Dia de Ação de Graças e, logo em seguida o Natal na casa dos pais de Max. Com tudo esses encontros, o nível de fingimento alcançou o grau máximo e foi impossível, para ambos, evitarem sentimentos mais profundos.
O que eu achei do livro
Não vou falar do relacionamento do casal em si, nem das cenas quentes. Só vou dizer que a autora descreve muito bem as cenas, fazendo com que o leitor sinta os mesmos arrepios que o casal sente.
Vou centrar minha atenção nos motivos que levaram os dois a fingirem ser o que não são.
Max esconde suas tatuagens, seu cabelo colorido e seus namorados Bads na tentava de agradar aos pais. Max quer seguir carreira na música, porém os pais querem que ela tenha um emprego com salário fixo.
Mas o drama de Max vai além. Ela tenta ser o que a irmã mais velha era. Ela tenta conseguir o mesmo amor que os pais tinham pela irmã. Na verdade, o modo de se expressar de Max, seja pelas roupas ou pela música, tem muito a ver com sua
história com a irmã.
Cade precisa ser bonzinho, pois não aguenta mais perder as pessoas que ama. Ele perdeu pessoas importantes: pai, mãe e a melhor amiga, Bliss. Eu que eu não gostei
O modelo da capa não representa o Cade. Esse rapaz é muito sem graça. Agora falando sério. Uma questão que me incomodou foi o fato da Cora Carmack coloca na narrativa uma briga em que Cade e Max se envolvem e os dois saem machucados, porém este evento é completamente esquecido no outro dia.
Cade levou socos no rosto e Max feriu feio as costas. Pois é, no dia seguinte, que é o dia do almoço de Ação de Graças, os pais de Max não fazem nenhum comentário sobre o olho roxo de Cade. Os pais de Max, que são controladores, teriam que fazer alguma observação sobre os machucados no rosto de Cade.
Para finalizar, Fingindo é um New Adult, com um toque de drama, que faz o leitor refletir sobre a vida. Perguntas que ficam pulsando: Você é quem gostaria de ser? Ou faz tudo para agradar ao outros?