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Resenha || O guia do mochileiro das galáxias

por Gaby Marques

O guia do mochileiro das galáxias, Douglas Adams, Editora Arqueiro. Lembram que fiz um post recentemente sobre a edição de O Guia Definitivo do Mochileiro das Galáxias, publicada pela editora Arqueiro e que reúne os 5 volumes? Naquele post, não compartilhei minha experiência de leitura, então estou aqui para conversar um pouco sobre o primeiro volume. Vamos lá?

Arthur Dent está prestes a ter sua casa demolida pela prefeitura, que planeja construir um desvio no local. Em forma de protesto, ele se joga no chão lamacento do jardim e fica lá por um bom tempo, até que seu amigo excêntrico Ford aparece e o convida para tomar umas cervejas.

Ford Prefect é um alienígena e pesquisador do livro O guia do mochileiro das galáxias, que compila tudo sobre a vida, o universo e tudo mais. Sua estadia na Terra deveria ser de apenas alguns dias, mas acabou se estendendo por 15 anos. Agora, o planeta está prestes a explodir e ele precisa sair antes que seja tarde demais — e pretende levar Arthur com ele.

Junto ao atônito Arthur Dent, Ford consegue uma carona em uma nave maluca, cheia de seres que podem matá-los enquanto recitam poemas…

Após essa escapada, uma reviravolta ainda mais insana acontece: eles caem em outra nave, a Coração de Ouro, que foi roubada pelo presidente da galáxia, Zaphod Beeblebrox, que, acreditem, é semiprimo de Ford.

O guia do mochileiro das galáxias: humor absurdista

E as bizarrices do enredo não param por aí, formando uma narrativa totalmente nonsense, mas extremamente engraçada e irreverente. Adams utiliza um humor peculiar e absurdista que transforma situações cotidianas em eventos hilários e inesperados. Seu uso de ironia e sarcasmo é constante, tornando a leitura divertida. Os diálogos são espirituosos e repletos de trocadilhos e referências culturais, o que enriquece a narrativa e a torna dinâmica.

“Ah, a vida — disse Marvin, lúgubre. — Pode-se odiá-la ou ignorá-la, mas é impossível gostar dela.”

Comecei essa leitura com as expectativas nas alturas, e não me decepcionei! Ficção científica não é meu gênero favorito, então não é um livro que eu leria normalmente. E a palavra “normal” passa longe dessa trilogia de 5 volumes (isso mesmo). Mas, como é de praxe, não entre em pânico! Leia este livro. É demais!

Porém, leiam com uma coisa em mente: muita coisa aqui não faz sentido algum. É um livro leve e interessante, ideal para dar risadas e, se escavar bem, extrair algumas lições. Por trás da comédia, há uma crítica sutil à sociedade, à burocracia e ao existencialismo, fazendo o leitor refletir sobre questões mais profundas enquanto ri. Além, claro, de ser um marco na literatura moderna.

O guia do mochileiro das galáxias funciona bem como uma introdução à ambientação, à escrita do autor e aos personagens, que são fenomenais. Destaco especialmente o robô Marvin, que possui uma profunda depressão e desprezo pela vida, além de um QI pelo menos 30 milhões de vezes superior ao do ser humano. O quote que selecionei ilustra bem isso.

O final deixa um super gancho para o próximo volume, que lerei em breve e trarei minha opinião para vocês. Aguardem!

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