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Resenha || Cisne | Eleonor Hertzog

por Bruna Carolina

Cisne, Eleonor Hertzog, volume 1 da série Uma geração, todas as decisões, Editora Mundo Uno.  Cisne é um veleiro movido a energia solar e abriga um dos maiores biolabs flutuantes do planeta. Nesse veleiro, conhecemos a família Melbourne. Henry e Doris Melbourne são cientistas que realizam diversas pesquisas marinhas.

Além de ser um laboratório, Cisne também é o lar do casal e de seus filhos: os gêmeos idênticos Teo e Ted, com dezesseis anos; Tim e Tom (gêmeos idênticos também) com quinze anos; Pam e Peggy com catorze anos. Peggy foi adotada pelo casal após a morte dos pais em um acidente; Liz tem treze anos; e Bobby, oito anos.

Todas as atividades e trabalhos no Cisne são realizados pelo casal e seus oito filhos, e logo nos primeiros capítulos conhecemos um pouco da personalidade de cada um. Apesar de serem muito responsáveis, os jovens Melbourne fazem muitas brincadeiras, garantindo bagunça e diversão. A família é muito querida por todos os portos em que param, onde levam espetáculos de teatro e outras diversões para as pessoas.

Quando o assunto é Champ-Bleux, a diversão é deixada de lado, dando lugar à tensão, pois, com exceção de Bobby, todos fizeram os exames para ingressar na escola e estão ansiosos pelos resultados. A Escola Avançada Champ-Bleux é a mais conceituada, sendo responsável por formar os melhores cientistas da Terra.

Cisne: ciência e tecnologia

Enquanto esperam os resultados, os Melbournes recebem a notícia de que deverão hospedar dois estagiários do planeta Tarilian e, com eles, dois repórteres, sendo um tariliano e outro terráqueo. A tripulação segue algumas regras, e com a chegada dos novos integrantes, a rotina em Cisne necessita de algumas mudanças.

Tarilian é um mundo novo, descoberto por astronautas, onde se encontra uma ciência mais avançada que a da Terra. Os habitantes desse planeta são os tarilianos. Apesar de serem parecidos, os dois mundos também têm suas diferenças, causando alguns atritos.

A narrativa do livro é em terceira pessoa, mas é muito simples e de fácil compreensão. Eleonor possui uma escrita cativante, sempre deixando um gostinho de quero mais a cada capítulo. É impossível não destacar a criatividade da autora: uma história totalmente original que não deixa espaço para o tédio.

Algo que requer atenção durante a leitura são os personagens, pois há muitos, e em alguns momentos, tive que voltar um pouco, pois já não lembrava quem era quem. A personagem que mais me chamou a atenção desde o início foi Peggy, muito misteriosa, e me deixou curiosa para saber mais sobre ela; porém, acredito que as explicações devem vir no próximo livro, “Linhagens”.

Admito que o tamanho do livro me assustou, afinal, são mais de 700 páginas, mas confesso: depois que você conhece a família Melbourne, a única coisa que deseja é fazer parte dessa tripulação.

A capa foi o que mais me chamou a atenção. A estética do livro, de maneira geral, é muito bonita. Indico a todos que gostam de ficção científica e/ou fantasia; mesmo o livro sendo relativamente longo, vale a pena ler.

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