Em A Irmã da Sombra, o terceiro volume da série As Sete Irmãs, Editora Arqueiro, conhecemos Pa Salt, um homem idoso que tomou a notável decisão de adotar sete meninas, cada uma recebendo um nome de constelação. Sua morte, misteriosa e trágica, deixa as irmãs com a tarefa de descobrir suas origens, seguindo pistas deixadas por ele. Maia e Ally já se aventuraram em suas jornadas, conciliando passado e presente para construir um futuro melhor.
“Cultive não apenas o esplêndido jardim que criamos juntos, mas talvez o seu próprio, em outro lugar. E, mais do que tudo, cultive a si mesma. E siga a sua própria estrela. Chegou a hora.”
Agora, é a vez de Estrela, uma personagem que, embora inicialmente pareça inanimada e sem grandes conflitos, se vê em um destino surpreendente: uma peculiar livraria onde encontrará Orlando, que possui as respostas que ela busca.
Ao descobrir que seu destino está entrelaçado com o de Flora MacNichol, uma mulher cheia de mistérios que viveu no início do século XX, Estrela inicia uma jornada para encontrar a luz em meio às sombras. Flora abdicou de sua família e amores, e suas escolhas moldaram gerações seguintes e, indiretamente, a vida de Estrela. A pergunta que fica é: ela conseguirá encontrar sua própria luz?
“O carvalho e o cipreste não crescem à sombra um do outro.”
Apesar de Estrela não ter apresentado um crescimento significativo nos livros anteriores, percebemos uma evolução em sua busca por independência e autoconhecimento. Sua simplicidade é o que a torna cativante e complexa, como uma flor exótica que precisa de cuidados específicos para florescer. Pa Salt, seu pai adotivo, proporcionou a elas a oportunidade de se conhecerem melhor através das pistas deixadas.
Um aspecto interessante da série é que, apesar de ser composta por vários volumes, cada livro pode ser lido de forma independente. As histórias das irmãs são distintas, cada uma em busca de suas próprias respostas.
“Muitas vezes, a coragem silenciosa, a gentileza e a força interior passam despercebidas. Ela não transformou o mundo, mas tocou as vidas de quem estava à sua volta e as mudou para melhor. E, ao fazer isso, encontrou a si mesma.”
A Irmã da Sombra: a história de estrela
O título A irmã da sombra reflete bem a narrativa, conectando a vida de Estrela à de Flora. Essa ligação é uma jogada de mestre da autora, que mostra como ambas viveram nas sombras até que um evento transforma o destino delas. Personagens secundárias, como Ally, têm papéis essenciais, com suas histórias sendo contadas paralelamente à de Estrela.
Embora eu não seja uma fã ardente da obra de Lucinda Riley, consegui me conectar com este livro, talvez pela personalidade de Estrela e pela identificação em certos momentos. A história flui naturalmente, sem forçar a barra para que a protagonista atinja seus objetivos. A transição entre passado e presente é feita de forma clara, permitindo uma compreensão fluida dos eventos. Eu ri, chorei e torci para que Estrela tivesse um desfecho digno, e fiquei surpresa com a escolha da autora.
A ambientação de A irmã da sombra é digna de cinema! A descrição de Londres nos anos 20, combinada com a zona rural de Cúmbria, torna a leitura deliciosa e envolvente. A capa e a diagramação são meros detalhes diante da riqueza da narrativa. Recomendo A Irmã da Sombra a todos que acompanham a série e apreciam a escrita de Lucinda. Mesmo para aqueles que ainda não conhecem a autora, este é um livro que certamente conquistará corações.
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