Iniciei O Assassinato no trem: as irmãs Mitford investigam, Jessica Fellowes, Editora Record sem grandes expectativas, mas, quando dei por mim, estava completamente envolvida com os personagens, me importando com suas vidas, querendo saber como tudo terminaria.
Já tem um tempo que não lia romance policial com pegada histórica. E eu tenho que confessar, nada conhecia da vida das irmãs Mitford.
Quando terminei o livro fui rapidamente buscar informações bibliográficas das irmãs. E o universo das seis irmãs têm muito a oferecer. É impressionante.
Mas para mim, o grande destaque desta obra é o resgate da memória das mulheres enfermeiras que dedicaram a vida a cuidar dos soldados na Primeira Guerra Mundial. Essas mulheres não tiveram o reconhecimento que mereciam. Não houve homenagem, não houve reconhecimento pelo trabalho realizado. Além disso, a maioria, depois da guerra, viveram na miséria.
O assassinato no trem traz uma trama de investigação. Uma enfermeira foi assassinada num trem e as investigações oficiais não levaram a lugar algum. Mas o guarda ferroviário Guy Sullivan, a ajudante de babá Louisa e Nancy Mitford se juntam para descobrir o assassino e fazer justiça a uma mulher que viveu para ajudar o próximo.
Cada um dos envolvidos na investigação têm seus motivos para tentar achar o assassino. No início da leitura os três não pareciam ser personagens que iriam me conquistar. Mas ao longo da narrativa, fui me afeiçoando a eles.
Guy e Louisa são personagens determinados. Nancy, no início, parecia inconsequente, mas ao longo da história foi amadurecendo, mostrando inteligente e bom humor.
Nesse primeiro livro, as irmãs Mitford são crianças, a mais velha, Nancy, tem 16 anos. Sobre as outras irmãs conhecemos bem pouco, assim como o irmão Tom.
O assassinato no trem: As irmãs Mitford investigam
Com capítulos curto, que contribuem para fluidez da leitura, O Assassinato no trem é ambientada logo depois da primeira grande guerra, nos anos entre 1919 a 1921, montando um breve vislumbre das consequências de uma guerra, como soldados mutilados e com transtorno pós-traumático.
A investigação não é espetacular e nem surpreende como eu gostaria que tivesse sido. Eu que sou péssima para descobrir o assassino nas histórias, mas aqui descobri já no início. Bom, indico para leitores que gostam do gênero.
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