Eu sou a lenda, Richard Matheson, Editora Aleph, foi uma ótima leitura. Uma das melhores que li esse ano, até agora. Eu já conhecia a história das adaptações, mas nenhuma delas se compara ao livro. É mais um livro que eu deveria já ter lido há muito tempo.
Eu sou a lenda é um dos maiores clássicos da ficção científica com inovação no horror. Ou seria terror com sci-fi.
A história aborda dois temas que, particularmente, gosto muito: sobrevivência e solidão. Vivemos em sociedade porque precisamos do Outro para nos manter sãos. Também os vampiros sempre me fascinaram. Depois das bruxas, são meus seres fantásticos preferidos.
Robert Neville, o protagonista, é o último da espécie humana, ao que parece. O mundo como conhecemos entrou em colapso, assolado por um tipo de doença que causa vampirismo. Uma pandemia vampírica.
Neville é imune, mas perdeu a todos que amava. Ele passa os dias numa rotina extenuante, lutando para sobreviver em duas frentes: contra os vampiros que aparecem à noite em volta de casa; e manter a sanidade.
É angustiante acompanhar os pensamentos e ações de Neville. Ele recorre ao álcool na tentativa de sufocar suas dores. A história não tem grandes cenas de ação e nem traz explicações para várias perguntas. Mas como não gosto de histórias que trazem tudo mastigado, então não me incomodou.
Do que fala Eu sou a lenda?
Um ponto muito interessante é que Eu sou a lenda se utiliza do clássico Drácula, numa visão científica. Neville tenta descobrir a cura. Ao longo da narrativa vão surgindo explicações para os porquês de alguns elementos serem os únicos a matar ou afastar os vampiros: alho, estacas, a cruz, a luz do sol, etc.
Uma questão que pode incomodar é a forma como Neville se refere às mulheres. Esse é o ponto baixo da história. Claro, tem que considerar a época em que foi escrito o livro.
O final é ótimo. Perturbador, pessimista. Só sobrevive os que se adaptam.
Essa edição conta com uma introdução de Stephen King, falando da importância de Richard Matheson para o gênero terror e para a escrita do Mestre. Aliás, é uma edição linda, com ilustrações divinas.
“A força de um vampiro é que ninguém irá acreditar que ele existe.” Obrigado, doutor Van Helsing, ele pensou, colocando de lado sua edição de Drácula.
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