Eu estive aqui, Gayle Forman, Editora Arqueiro. Venho acompanhando o trabalho da Gayle Forman desde que suas obras começaram a ser publicadas no Brasil. Li as duas duologias lançadas pela Editora Novo Conceito [leia as resenhas aqui]. Quando a Editora Arqueiro lançou Eu estive aqui, não tive dúvidas e logo solicitei o livro para leitura.
É natural ter receios sobre como a autora abordaria o su!cídi0, um tema tão sério. No entanto, fiquei tranquila, pois, mesmo que o enredo não fosse bem desenvolvido, sei que Foran sabe se comunicar com o público jovem. Suas narrativas podem não ser profundas, mas também não são entediantes.
Eu estive aqui traz uma história trágica. A melhor amiga da protagonista, Meg, se tira a própria vida ao tomar um frasco de veneno sozinha em um quarto de motel. A família de Meg e Cody, a protagonista, fica arrasada.
Meg é descrita como uma pessoa que atraía todos ao seu redor. Tinha muitas amizades, estava cursando a faculdade e tinha um futuro promissor pela frente. O que a levou a tomar uma atitude tão drástica?
Cody achava que sabia tudo sobre Meg, já que eram amigas de infância. Porém, com a morte, descobre que não conhecia tão bem a amiga. A vida de Meg escondia mistérios, e as respostas começam a surgir quando Cody vai buscar os pertences de Meg na universidade.
Ao pegar o notebook de Meg, Cody lê seus e-mails e percebe que algumas coisas não se encaixam. Tomada pela dor, pela culpa e pela curiosidade, ela inicia uma busca por respostas, ao mesmo tempo, tenta seguir em frente com a própria vida. Será que Meg teve um cúmplice em seu suicídio?
Dos quatro livros que li de Gayle Forman, Eu estive aqui é, sem dúvida, o melhor deles. Fiquei tão envolvida com a trama que li o livro de uma só vez. O tema do su!cídi0 é perturbador e envolve questões de várias ordens: religiosas, filosóficas e biológicas. As causas do su!cídi0 são diversas, e Gayle foca na depressão como uma delas. Embora não trate as causas de forma aprofundada, ela aponta caminhos e consegue desenvolver uma narrativa leve, mas realista. Meg era uma pessoa doente que, infelizmente, buscou ajuda nas pessoas erradas.
O su!cídi0 me chocou, mas saber que existem pessoas que incentivam outras ao su!cídi0 foi ainda mais impactante. Eu já sabia da existência de grupos para anoréxicos e bulímicos, mas não tinha ideia de que isso também acontecia no contexto do suicídio.
Eu estive aqui: rede de apoio
Gayle acertou ao criar a protagonista Cody. Ela enfrenta vários problemas: familiares, amorosos, de estudo e trabalho. Contudo, não é uma personagem que se coloca em posição de vítima. Cody tem atitudes, mesmo que nem sempre sejam as mais acertadas. Eu nunca havia me importado com as mocinhas de Gayle, mas desta vez consegui com Cody. Ela é um equilíbrio entre realidade e ficção. Uma característica marcante de Gayle são seus personagens músicos.
Forman retrata a depressão de maneira realista, evitando estereótipos. Seus personagens não são apenas “tristes”; eles lidam com uma gama de emoções e situações que refletem a complexidade da condição.
Aqui estão algumas obras de Gayle Forman que abordam temas semelhantes, como a depressão, luto e saúde mental. Essas obras oferecem uma visão sensível e empática sobre temas relacionados à saúde mental, tornando-as recomendadas para quem se interessar por essas questões.
Se eu ficar (If I Stay)
A história de Mia, uma jovem que deve decidir entre viver ou morrer após um trágico acidente de carro que tira a vida de sua família. O livro explora temas de perda e a luta para encontrar um sentido em meio à dor.
Para onde ela foi (Where She Went)
Continuação de Se eu ficar, foca na perspectiva de Adam, que lida com a dor e a depressão após a partida de Mia. A obra aborda o impacto emocional do luto e da separação.
Apenas um dia (Just One Day)
Embora mais leve, este livro trata de autodescoberta e os desafios emocionais que surgem ao longo da jornada da protagonista, Allyson. Ela enfrenta inseguranças e pressões sociais, refletindo sobre sua identidade.
Apenas um ano (Just One Year)
Continuação de Apenas um dia, segue Willem enquanto ele lida com a perda e busca compreender suas emoções e conexões perdidas. O livro explora a busca por propósito e recuperação emocional.
O que há de estranho em mim
Gayle Forman, retrata essa amizade como um alicerce essencial para a resistência e a sobrevivência das personagens em um ambiente opressivo como o internato Red Rock.
Para finalizar, quero ressaltar o trabalho da Editora Arqueiro. O livro veio em uma linda embalagem, acompanhada de ímãs-fotos maravilhosos e um botão.
Livro cedido pela Editora Arqueiro para resenha.
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